MATAS-ME
Matas-me levemente com tua poesia
esculpindo com teus versos meu sofrimento.
Nem tens noção do quanto que tu me judia.
E como fica assim meu coração sangrento!
Parece que falamos por telepatia,
ou também, que tu lês todo meu pensamento.
Porque nunca vi tanta igualdade e harmonia.
Isso me causa até certo estremecimento...
Bem sabes que não é simples demagogia.
E o quanto tu me encantas com o teu talento
ainda que poetes com melancolia.
Temos que clarear o nosso céu cinzento
e juntos liquidarmos com essa agonia.
Esse encontro não foi acaso merecimento?