Bruxa Imortal
Ósculos rudes na alcova da feiticeira
No obscuro da face nebulosa a ira
Na vermelhidão após o corte da pele
É a mania da paixão infernal que expele.
Uma amante do Diabo em sonhos quentes
Nos vitrais um sorriso de anjo inconseqüente
Árvores retorcidas no bosque das ventanias
Clamam por escarlate sangue das veias.
No ritual imploram na expiação engana
Teus poros recheados de suor que emana
Caçando tuas entranhas dias sem parar.
Finco meus dentes e unhas na carne ufana
Pele na pele no luar de Morgan a tirana
De Circe a bruxa imortal de tanto sangrar.
DR DMITRI