As moscas

Coitadas, estereótipos de abelhas...

Voam pateticamente velozes...

Espalham a loucura das osmoses

dos polens, sementes e outras centelhas...

Nas asas, negritude, sombra, incômodo...

Sempre se enxotam como ao filho pródigo...

Não lhes resta seguir senão seu lógico,

estreito caminhar... náusea ao estômago...

Azucrinadas, reticentes larvas...

Seres de abissal, fosca senectude...

Pesam como a carência dos ateus...

Giram, científicas. Retornam, parvas.

Zumbem, melívoras. Fabricam, rudes,

uma harmonia estranha: olá e adeus...