O meu amor

O meu amor, o teu, reverencia,

qual um vassalo faz ao seu senhor,

pois é tão dependente desse amor,

como o poeta é da poesia.

O meu amor é mais do que devia

e muito menos que pretende ser,

pois é maior que o medo de perder,

do teu amor, a terna senhoria.

O meu amor sucumbe aos beijos teus

do jeito que a saudade ao adeus

e o adeus sucumbe à despedida.

O meu amor é teu amor despido,

que sangra sob a flecha do cupido

por não cicatrizar sua ferida.

Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 27/04/2008
Reeditado em 26/02/2012
Código do texto: T964755
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