TARDES AZUIS


Eram azuis as tardes de veludo –
As tardes tão compridas – tão eternas –,
Esse menino, então, queria tudo:

Os sonhos e idéias tão modernas
Utópico talvez; porém, contudo,
Buscava o céu e outras coisas ternas...

Ah tardes tão azuis – crepusculares
Quanta saudade agora pelos ares...

Ah tardes de outono sem igual
Aonde o sol se punha em gran final
No peito uma alegria – uma ânsia...

Qual Ícaro, então, querer voar...
Às vezes quando paro  pra pensar:
Voltasse essa inocência da Infância...

29/04/08
Gonçalves Reis
Enviado por Gonçalves Reis em 29/04/2008
Reeditado em 02/05/2008
Código do texto: T967916
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