PARADOXO DAS LETRAS

Muito cedo , em mim, as letras já pulsavam,

Já faziam algazarra no meu peito!

Da saudade as forças antagonizavam

E ao amor..fazim versos de desejo.

Desenhei ternas figuras de linguagem...

Pelo tempo que eu pensava não passar

Eu brinquei com a mais pura ingenuidade

Com o amor, que iria então...me abandonar.

Tantas letras que vagueiam sem palavras!

Tantos versos que figuram a solidão

Minhas letras ressonaram vãs estradas

Na orgia...a sucumbir na imensidão...

Letras livres...algemadas pelo tempo

Ao relento, do vazio dum coração.