O TEMPO E EU.

O tempo caminhou por quanto tempo,

nas veredas da vida aonde andei?

Pergunte-se ao meu sonho, à ilusão,

e a única resposta – não contamos.

Andamos passo a passo, o tempo e eu,

em perfeito silêncio, iguais aos mudos.

Queria perguntar e tinha medo...

Não iria a resposta me assombrar?

Trocávamos afeto pelo olhar,

e pelo olhar marcávamos o rumo

orientando-nos a caminhada.

Chego aos oitenta e sete, e temo ainda,

a pergunta – por quanto tempo, tempo,

continuaremos juntos passo a passo?

02-O7-07