Sonetos da desilusão... SONETO II

Aspiração em fardosos encontros

Que nem virtude de sacro-santos

Cansativos, pálidos, perseveras

Qual guia em consolo entre eras

Faz-se carente em se o desespero

Tardio que nem brasas num braseiro

Calor intenso, ardor das esferas

Fascínios, encantos, surto deveras

Falido de força, podre de esperança

Parido de penas, em mera lembrança

Que um dia caminha cativo, cansado

Partido, rubro, tenebroso desespero

Que vida passiva, sem nenhum apelo

Caído a sarjeta, pairado na carência

Paulo Poeta
Enviado por Paulo Poeta em 10/05/2008
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