Sozinha
Num canto qualquer mora o crepúsculo
No intermitente e abissal padecer
Na esquina da vida o acordar ou morrer
Agonia interminável no latente músculo.
Nas trevas uma Esfinge a perguntar
Qual o sentido da vida neste plano
Aspecto frio e triste de um cigano
Esquivo olhar para o céu a escutar.
Não tem sentido sofrer por amor
Espera sem fim pela tal felicidade
E então veremos a face da maldade.
Nêmesis virá me livrar desse temor
Nas armadilhas de Afrodite o amor
Pois só vejo escuridão na cidade.
DR SMITHY