Urgência amórfica

Morre em cada frase mal construída

A heterogenia poética da verve solitária,

Que dela se veste como única saída

A morrer de uma possessão imaginária.

Nos espasmos suspiram versos tortos

Onde balbuciam sem estética, sem gramática

Eternizados nas linhas de poemas amorfos,

As palavras de urgência assintomática.

Coisa pouca esparramada no grande vazio,

Adornos usuais desfilando sem memória,

Temores e grandes amores marcados a frio.

Emoções sedentas por uma linha divisória,

Que vire a página sem pedir resgate

Registradas qual óbito na minha história.

Angélica Teresa Faiz Almstadter
Enviado por Angélica Teresa Faiz Almstadter em 13/05/2008
Código do texto: T987585
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