Pra além das vilas e dos matos

Goza no papel, tímida libido...

Pois épico, talvez se ardor houver,

Será um (pária-)amor-não-correspondido!

E entre atabaque, e banjo, e lira, eu canto

A um maracá de mudo e raro encanto:

"Pena que não tem nome de mulher..."

Brazil, o teu indígena está fora

Ou nos óleos da sala de estar nobre!

Mas vem (sem venda) aqui perto, e (des)cobre

Na estrada, um grupo de áureo "berro" e espora!

Brasil (dos brasileiros), eu o convoco!

Já me vazou um dos olhos esta seta,

Para talvez jamais perder o foco...

Ou só não me dizer, aos mais, poeta!

a 10-05-08