(Parece que) Começamos "com o pé esquerdo" a nossa participação no segmento "Literatura"...

Tudo na vida deve, obrigatoriamente, obede-

cer a uma ordem de sequência , para que o assunto abordado seja

processado de forma lógica e, por conseguinte, com chances de um entendimento pelo menos minimamente aceitável.

E, numa breve mas oportuna autocrítica feita, não nos agradou - à luz do exposto no primeiro parágrafo acima - o fato de termos, ontem, publicado o conteúdo programá-

tico chamado ESTILO INDIVIDUAL / ESTILO DE ÉPOCA.

Se o tema-base é Literatura, o primeiro as-

sunto não poderia ser outro senão a conceituação do que seja a

Literatura, e, num segundo momento, a diferença entre texto literário

e texto não literário. A partir daí, sim, poderíamos já começar a abor-

dagem sobre o assunto objeto de nosso encontro anterior.

À guisa (esta é outra expressão antipatica-

zinha) de nossas escusas, retrocedemos para uma breve abordagem

sobre a conceituação de Literatura e diferença entre texto literário

e texto não literário...

O que vem a ser LITERATURA?

É o registro de todas as manifestações ar-

tístico-culturais, características de um povo ao longo da sua história.

E essas manifestações têm um caráter a-

brangente, vez que embarca produções artísticas em todos os seus

segmentos : pintura, arquitetura, artesanato, produções literárias (prosa e/ou verso), etc.

Neste caso, o folclore de um país é parte

indissociável da literatura desse povo (por exemplo : no caso espe-

cífico do nordeste brasileiro, temos a Literatura de Cordel. Ela repre-

senta não apenas um importante componente do folclore do Nordeste mas também e não menos importante componente da Literatura bra-

sileira, quando da abordagem de produção artístico-literária no forma-

to de verso).

E qual a diferença entre TEXTO NÃO LITE-

RÁRIO e TEXTO LITERÁRIO ?

Simples : o primeiro tem um caráter predo-

minantemente INFORMATIVO, em que objetividade e linguagem sim-

ples (visando ao atingimento desse objetivo - informar), há o em-

prego da linguagem denotativa /não figurada (aquela que não per-

mite a ambiguidade, ou seja : a possibilidade de mais de uma inter-

pretação para determinada informação dada).

O segundo, POR NÃO TER COMPROMISSO

COM A VERDADE, (para começar, o texto literário tanto pode ser

a abordagem de um fato concreto como a de um fato fictício. E, nes-

te último caso, TUDO SERIA POSSÍVEL...menos A PREOCUPAÇÃO COM

A VERDADE), o texto literário usa e abusa das figuras de linguagem,

emprega a linguagem figurada/conotativa, extrapola propositadamen-

te no uso da ambiguidade, faz uso de todos os recursos linguísticos, estilísticos, semânticos, todos voltados a um só objetivo : tornar o

texto (ou produção artística de outro gênero) agradável, expressivo, encantador e, por consequência, capaz de prender a atenção do

leitor ou apreciador dessas produções.

E aí o autor terá atingido essa que é uma das funções da Literatura : a função CATÁRTICA (objeto de um de nossos textos anteriores).

Amantes e estudiosos da Literatura, aguardo comentários críticos a respeito...

pedralis
Enviado por pedralis em 30/05/2009
Código do texto: T1623568
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