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As trovas fazem mesmo parte da Literatura, sendo talvez sua parte mais pitoresca, graciosa, ingênua, popular, espontânea, descontraída.  

          Compostas para se declamar com música, elas de início se apresentaram como cantigas.  Essencialmente líricas, floresceram entre nobres e plebeus, a todos deleitando e formando uma legião de admiradores, com sua inocente superficialidade, sua cândida malícia.  E a força deste gênero atravessou os séculos, chegou até o nosso tempo e por certo o ultrapassará.

 
          Desabrochada em Provença (França), na Idade Média (século XII), logo floresceu por toda a Europa.
 
          Não estamos, portanto, falando de um modismo passageiro, de algo repentino, eventual, efêmero.   Só que esse efêmero também se pereniza pela beleza plástica, formal, escrita: e é o que vejo nas inumeráveis composições trovísticas do Recanto das Letras.


          A escritora e designer Kate Weiss nos presenteia com um ensaio a respeito: 
Trovas - Definição, do qual peço sua leitura. 

          E o artigo de Izo Goldman, abaixo, esclarece grandemente o assunto: 
 
                                        “Dia do Trovador 
                                             
(18 de julho)
          “O termo TROVA, do francês, "trouber" (achar) nos indica que os trovadores devem "achar" o motivo de sua poesia ou de suas canções.  Apenas as citações de "composição ligeira e de caráter popular" e "cantiga ou quadra popular" podem nos conduzir ao que é e o que representa, hoje, na literatura portuguesa este gênero.
          Em 1966 foi fundada a UBT - União Brasileira de Trovadores.
          A Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo oficializou 18 de julho, dia do nascimento de Luiz Otávio, como DIA DO TROVADOR. 
          (...)
 
                                             Gêneros da Trova
          São três:
A - Trovas Líricas: Falando dos sentimentos; amor, saudade etc. 
          Saudade palavra doce 
          que traduz tanto amargor; 
          saudade é como se fosse 
          espinho cheirando a flor...    
(Bastos Tigre)
 
B - Trovas Filosóficas: Contendo ensinamentos, máximas, pensamentos etc. 
          Duas vidas todos temos, 
          muitas vezes sem saber: 
          -- a vida que nós vivemos, 

          e a que sonhamos viver...    (Luiz Otávio)
 
C - Trovas Humorísticas: Como o próprio nome diz,
são trovas que se propõem a fazer rir. 
          Eu, trabalhar desse jeito, 
          com a força que Deus me deu, 
          pra sustentar um sujeito 
          vagabundo que nem eu???...    (Orlando Brito)”


Fonte (do artigo de Izo):  
http://www.velhosamigos.com.br/
Acesso: 08/08/2010.                                              
Jô do Recanto das Letras
Enviado por Jô do Recanto das Letras em 07/08/2010
Reeditado em 24/07/2011
Código do texto: T2424219
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