A Shauara...

A Shauara...

Acabei de lê seu texto e devo fazer algumas observações, já que você mandou para mim, me sinto no dever de formalizar uma crítica. Vou tentar não cometer nenhum erro ortográfico. Para que você não fique pensando:

“O cara não sabe escrever...” Brincadeira!!!

Sobre o poema Elogio da Loucura

Eu considerei esta bela poesia, que não é um poema, pois se sublinha em cada estrofe, não figuras de linguagem, mas uma inteira universalidade inconfundivelmente supra humana. O respectivo poema ultrapassa a originalidade literária e deve ser visto com um cunho filosófico...

“Infelizes somos nós, quando ainda não morremos

e aqui vagando cegamente

inventamos vícios, riscos e alergias

fingindo falta de tempo, quando na verdade,

estamos desesperados pra preenchê-lo

(ainda que não percebamos).”

Aqui se encontra uma mente em confronto com o está no mundo e desolada com a digamos “preocupação humana”. “....Afinal o que virá depois?”. Encontramos mais um ponto extremado da existência, o ser-em-si diz Sartre, o racional do irracional. Talvez sabemos o que nos deva acontecer ao morrer, só que buscamos algo alem porque estamos agarrados a vida de tal maneira que é uma fatalidade pensarmos na morte, sendo que a morte é a razão de nossa vida, e a vida uma razão para nossa morte...

“ Não perecemos por escolha,

somos apenas conduzidos, impotentes

velando os poços da mocidade

afinal, o que é que há depois?

senão o desaparecimento e adubo

O que há depois, senão o silêncio da liberdade?

ou uma triste desesperança?

o jovem Werther não remediou

nem ponderou o assunto.

e eu, aceito a condição.”

Lembro agora de outro grande poema que trata da razão tal qual na mesma perspectiva, A maquina do mundo de Carlos Drummond de Andrade, o que quero dizer é que os dois poemas tem a mesma temática a perfeição poética, ou seja, os dois são poemas épicos, lógico que poemas épicos modernos. Mas mesmo assim o poema aqui pesquisado, ainda torna-se mais elevado por abranger uma gama de reflexões existencialista. É de uma completa abrangência que nos remete ao delírio do versejar com o poema.

Descrevemos agora as questões no lado metafísico teocrático deste belo poema:

“ A chuva finalmente cai imponente

com toda razão de o ser/ sem o menor esforço de parecer real.”

“...deus não se prova se vivencia.” Assim disse Jean-Yves Leloup, ou seja, se eu creio firmemente em um deus ele vai existir para mim, do contrário não haverá deus só a vida ou nem mesmo isso.

“Deus. hei de saber do tempo

se houver espaço, se caber tempo...

e principalmente, hei de tocar o amor.

se houver amor...”

“Mas o valor da vida não pode ser avaliado...” Diz Nietzsche em seu Crepúsculo do Ídolos... E realmente não pode, e nos bem sabemos que uma vida compõe todo um ecossistema universal. Se as vezes procuramos a morte é por amar de mais a nossa vida, mas que esta mesma vida, além de não ser respeitada é perseguida e humilhada, melhor a morte, e sabemos que, como disse antes, a morte é um complemento da vida. Procuramos a morte na vida e um sentido na morte.

“As portas não precisam de proteção

mas a mente sim!

Esta deve fluir instintivamente.”

Aqui temos uma prova viva deste(a) grande genio da poesia, que versos! Louvaveis... Quanta espiritualisazão numa linha sincrónica de pensamento.

Vejo nestes versos a latente percepição da psicologia que nos faz percorrer caminhos do inconciente. E creio firmimente, a nobre poetisa vai concorda tambem que, a mente de um poeta e profunda e obscura, talvez devesse ser melhor vigiada. Tanto poetas e filosofos que buscam não só a perfeição artistica, mas a perfeição universal. Nosso grande defeito, mas que é dos mais valoroso dos defeitos.

“ A arte é o impulso que compõe vida,

mas também a doença incurável

acompanhada de dor, desespero e tédio.

podendo muitas vezes ser fatal.

Poesia é uma doença no cérebro

Agonia de alma e um corpo preso

ao grito interno, sem força pra liberta-se.

Porém, tem uma vontade própria

de se modelar, um senso peculiar de condução.”

Veja que coisa linda de se ler “a arte é o impulso que compõe a vida, mas também a doença incurável.” Isso torna o poeta um homem dependente de sua arte, não só poeta mas qualquer outro artista.

Em fim aqui digo que é uma poema digno de ser olhado com mais cautela,

Pois não é qualquer coisa e se o fosse não seria diguino de ser lido. Quero dizer que é acima do nível a que estamos acostumados a ver. Uma verdadeira obra-prima que tive o privilegio de ser o primeiro a lê-lo por completo. Não tenho duvida de que este poema é uma perola singular. Digo em particular este poema e mais os sonetos que li e me encantei...

Obs... Não estou elogiando por ser mulher, mas pela qualidade do poema e seu clássico estilo. Este poema em si é fantástico, sendo eu editor proponha publicá-los, mas não sendo nada proponho que se deva ser protegido...

P.M.S

Para finalizar quero lhe agradecer por me privilegia com tal perola e eu vou continuar lendo seus poemas, e quero permanecer em amplo contato, pois vejo em você um talento único.

Paulo Monteiro

Paullo Monteiro
Enviado por Paullo Monteiro em 16/05/2011
Código do texto: T2973141
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