"O VITRAL" de Osman Lins: O instantâneo das sensações fragmentadas

O VITRAl DE OSMAN LINS:

O INSTANTÂNEO DAS SENSAÇÕES FRAGMENTADAS

Gladys Mara de Oliveira Ferreira

RESUMO

O presente trabalho se propõe investigar o conto O vitral, de Osman Lins, quanto à relevância da forma literária na composição e reflexão do fazer humano, bem como identificar os elementos fundamentais articuladores do espaço narrativo. Para isso, utilizamos a pesquisa bibliográfica, com respaldo nas obras de Amora (1992), Bakhtin (1998), Chartier (1997), Gotlib (1990), que tratam da Teoria da Narrativa, e, como tal, abordam o gênero conto. Com base na leitura em questão, percebemos a fragilidade humana, diante das situações cotidianas e dos frágeis laços afetivos que os cercam. No pictórico do colorido artificial da luz refletida pelo vitral, incidem as marcas frágeis do tempo humano. Com personagens redondos (completos, talvez) o narrador onisciente “pincela” o desbotamento intimista dos caracteres. Desnuda, também, o peso que a “maturidade”, da idade, traduz nas relações conjugais.

PALAVRAS-CHAVE: conto, elementos da narrativa, existência humana.

Linhas Introdutórias

O conto, como gênero literário da prosa de ficção, representa, consideravelmente, os acontecimentos humanos. Por sua brevidade, gera tensões condicionadoras de várias situações, narradas num certo espaço de tempo. O vitral, de Osman Lins, retrata a fragilidade humana, exposta através do desejo de uma dona de casa, que almeja ser fotografada em comemoração aos vinte anos de seu casamento. A trama articula-se a partir de uma linguagem intimista, onde os pensamentos da protagonista, que olha e vive de súbitas lembranças e, acima de tudo, da fragmentária exposição de seus conteúdos mentais, levam-na a descoberta de si mesma, fazendo-a absorver o que realmente é valioso em sua vida “opaca”. Dessa forma, o sentido da história se constrói com a alusão, com o subentendido. O vitral é o objeto norteador da trama, refletindo as luzes coloridas numa desordem multicor, atravessando a mente da personagem Matilde, despertando-a, sacudindo-a. Valendo-se do monólogo interior da personagem, o narrador onisciente pincela os caracteres em ondulações intimistas, num movimento psicológico, unindo o ambiente externo, ondulante, colorido, musical, ao o sentimento interno, íntimo, de Matilde, durante a caminhada para fazerem o retrato. A luz refletida pelo vitral nos mostra a rapidez da mudança de sentimentos, de momentos “especiais” que não se pode guardar nem numa fotografia, apenas sentí-los, vivê-los. Apreendê-los dentro de si.

Conto: especificidades de um gênero literário

O conto, gênero literário da prosa de ficção, caracteriza-se por apresentar a narratividade como marca essencial. Além disso, apresenta brevidade, opondo-se, dessa forma, à novela e ao romance, quanto à extensão. Outros elementos estruturais acentuam as especificidades do conto como gênero literário: o reduzido número de personagens; a concentração do espaço e do tempo em um único relato; e a ação que tende à simplicidade e à linearidade. Um texto, portanto, conciso e breve, que busca na “economia” das palavras denunciar a condição de rapidez a que se encontra submetido. Sua dimensão de complexidade se dá na profundidade do que foi dito, provocando uma unidade de efeito, condição basilar de sustentação semântica. Nesse sentido, Nádia Gotlib (2001, p. 82) diz que o gênero conto:

[é] o modo pelo qual se constrói este seu jeito de ser, economizando meios narrativos, mediante contração de impulsos, condensação de recursos, tensão das fibras do narrar. [...] porque são assim construídos, tendem a causar uma unidade de efeito, a flagrar momentos especiais da vida, favorecendo a simetria no uso do repertório dos seus materiais de composição.

Para Hegel (apud SANTOS, 1996, p. 32): “o conto caracteriza-se pela passividade do herói, envolto em conflitos interiores e demonstrando uma constante desambientação”.A personagem vivencia um mergulho em seu mundo íntimo, de forma a buscar uma explicação para as “angústias” que a vida traz, remexendo em dilemas de natureza vária (social, existencial, comportamental, imaginária etc) a fim de encontrar um sentido, um “porquê”, para situações cotidianas, que parecem não ter explicação. Por isso a desambientação, a perturbação interior da personagem e os desajustes entre o particular e o exterior, percebidos pelo leitor na construção da narrativa, quando passa a ser informado e passa a adentrar os fatos narrados, tendo de fazer um esforço para compor o painel das circunstâncias.

A narrativa contemporânea tem, como posto no presente estudo, no conto, uma de suas expressões mais significativas, principalmente quanto à liberdade e eficácia comunicativa que marca seu percurso histórico. Da oralidade, o hábito de contar histórias, à imprensa, meio de vida dos artistas em épocas anteriores, o conto vem se firmando como uma forma sintética e magnetizante de contar histórias, hipnotizando o leitor e desafiando o escritor.

O sentimento íntimo: de vidro cada ser tem um pouco (lendo O vitral, de Osman Lins)

O conto O vitral é perpassado por um sentimento intimista, característica das obras de Osman Lins. Um conto que satisfaz o perfil da narrativa psicológica. A linguagem não chega a ser preciosista, mas é bem elaborada. O material lingüístico, palavras e frases, é bem explorado, principalmente os valores nocionais1 e os valores visuais e sonoros:

Flutuavam raras nuvens brancas, as folhas das aglaias tinham um brilho fosco. [...] seguiram, soprou um vento brusco, uma janela se abriu, o sol flamejou nos vidros. Uma voz forte de mulher principiou a cantar, extinguiu-se, a música de um acordeão despontou indecisa, cresceu (LINS, 2001, p. 142)

A rica plasticidade fomenta as notas entre cena, personagens e percepção dos leitores. Nesse sentido, o autor parece querer transpor esse cenário de sentidos, aos sentimentos de Matilde, personagem principal, ocasionando uma mistura de emoções e sensações, onde, se quisermos, podemos separar e tornar a unir essas sensações ao dilema psicológico vivido pela personagem Matilde.

Adentrando a estrutura do conto em discussão, percebemos que ele apresenta os elementos da prosa de ficção e que, enquanto conto, faz uso das características supracitadas, ou seja, desenvolve-se com reduzido número de personagens, condensa e concentra um espaço e um tempo e apresenta uma trama que permeia a “simplicidade” da ação e a linearidade (apesar de recorrer ao flashback). O enredo consiste no desejo de uma mulher em tirar uma fotografia no dia do seu aniversário de vinte anos de casamento. Os motivos que a levam a desejar o retrato e a tecer conjecturas a respeito de sua existência ganham novos contornos, novos significados ao longo da história, porque a trama visível (descobre-se) esconde uma outra história, secreta, invisível, submersa no contexto de forma elíptica e fragmentada, como bem explicita Paz (1982, p. 155): “Isto que está diante de nós – árvore, montanha, imagem de pedra ou de madeira, eu mesmo que me contemplo – não é uma presença natural. É outro. Está habitado pelo Outro.”

Essa dupla função do conto, aliás, do texto literário, serve como um paradigma de revelação, dando condições ao leitor de poder verificar ao que lido e a si mesmo, enquanto ser, como determinante do tecido textual. Nesse sentido, Piglia (2001, p. 24) coloca que, ao final de uma leitura, “Descobrimos que o mais importante não se conta, se constrói com o não dito, com o subentendido, a alusão”. O autor de O vitral quer que descubramos o que não se pode ilustrar na face de vidro do objeto. Sem explicitar as veredas por onde a história nos levará, o contista escreve como se o leitor tivesse o dever, ou, pelo menos, a curiosidade de buscar, de perceber, de entrever nas entrelinhas um profundo sentido para a Vida,. Dessa forma, o contista vai tecendo a narrativa instigando o leitor a buscar uma experiência única que permita ver, sob a superfície opaca da vida, uma verdade secreta. Essa construção é dada pelo olhar diferenciado, atento e experiente de cada leitor. Dessa forma, o escritor articula forma literária e densidade existencial gerando uma complexa teia psicológica, marca significativa em Osman Lins. Nessa perspectiva, a da consciência de vozes que se entrecruzam no discurso poético, Bakhtin (1998, p. 34) nos diz que:

ocorre um distanciamento entre o que se quer dizer e o que efetivamente se diz, uma bivocalidade discursiva, sugerindo a presença de um outro que se interpõe no relato, entre o eu da intenção e o eu na objetivação, mas, na construção do conto essa bivocalidade é intencional em sua narrativa.

Em relação ao tempo do conto, percebemos que a diegese, conceito formalista a respeito do princípio, meio e fim de uma narrativa, apresenta uma linearidade que transita entre o presente, momento das constatações, e o passado, presença que requer reflexões e ponderações sobre o vivido. Observa-se a articulação de flashes temporais da vida de Matilde costuradas no momento presente. Temos, assim, a impressão de que o autor poderia ter dito mais alguma coisa. A transitoriedade entre o momento presente e as lembranças do passado, cria expectativas e suspende as atenções dos leitores sobre a inevitável fadiga do tempo em nossas frágeis consciências e existências. Seguindo esse raciocínio de frustração pelo leitor na trama que quer como ideal, Amora (2001, p. 60), afirma que: “Em toda narração, conto, novela ou romance, fica sempre algo que não foi dito pelo autor e algo indefinível pelo leitor”. Ainda sobre isso, Chartier (1997) assinala que o importante na história da leitura é pensar na distância que há entre o sentido atribuído pelo seu autor e o sentido atribuído pelo leitor. O mesmo texto tem interpretação diferente para cada pessoa que o lê, ou seja, tudo depende da linguagem expressa, dos diferentes públicos e seus gostos e, das tradições as quais cada leitor está inserido. Diz ainda que: “Interrogar-se sobre as condições de possibilidades da leitura é interrogar-se sobre as condições sociais de possibilidades das situações nas quais se lê” (CHARTIER, 1997, p. 30).

O narrador, um dos elementos ficcionais, pode ser classificado, no conto O vitral, como narrador heterodiegético, pois não participa da história, mas conhece os sentimentos da personagem Matilde. Observe trechos do conto, onde o narrador atua como conhecedor dos pensamentos e sentimentos de Matilde.

Desde muito, ela sabia que o aniversário, este ano, seria num domingo. Mas só quando faltavam quatro ou seis semanas, começara a ver na coincidência uma promessa de alegrias incomuns e convidara o esposo a tirarem um retrato. Acreditava que este haveria de apreender seu júbilo, do mesmo modo que o da Primeira Comunhão retivera para sempre os cânticos.

[...]Na véspera do aniversário, ao deitar-se, ela ainda lembrava essas palavras; mas purificava-se da ironia e as repetira em segredo, sentindo-se reconduzida ao estado de espírito que lhe advinha na infância, em noites semelhantes: um oscilar entre a espera de alegrias e o receio de não as obter. (LINS, 2001, p. 141-142).

Percebemos, ainda, a existência de anacronias durante toda a narrativa. O ambiente da história se passa na casa da personagem e na rua, influenciando o desenvolvimento da narrativa, unindo-se ao tempo cronológico da trama, que é curto. Nota-se como o curto tempo é sugestivo: a vida; a idade, a velhice, a morte. Uma noite e uma manhã. Há também um monólogo interior da personagem, ou seja, um discurso íntimo, onde ela reflete sobre os seus medos e incertezas.

Seu coração bateu forte, ela sentiu-se capaz de rir muito, de extensas caminhadas, e lamentou que o marido, circunspeto, mudo, estivesse alheio à sua exaltação.

Mas quem poderia assegurar, refletir, que ele era, não um participante de seu júbilo, mas a causa mesma de tudo o que naquele instante sentia; e que, sem ele, o mundo e suas belezas não teriam sentido?(LINS, 2001, p. 142)

O conto O vitral poderia ser captado, pela atuação estática das personagens e pela necessária revelação da plasticidade, como fotografias, em que todo o ambiente funciona como uma imensa “moldura”, um grande painel da errante condição humana. A história busca apreender o inapreensível. Utopia para a história narrada: papel e vidro, enquanto mecanismos de captação da fragilidade da alma humana, são facilmente deterioráveis.

Assim, o desejo de aprender com as personagens e seus sentimentos exterioriza-se através de imagens capturadas pelo olhar de um narrador que se personifica no objeto narrado:

Seguiram, soprou um vento brusco, uma janela se abriu, o sol flamejou nos vidros.[...] e quando o sino da matriz começou a vibrar, com uma paz inabalável e sóbria, ela verificou, exultante, que o retrato não ficaria vazio: a insubstancial riqueza daqueles minutos o animaria para sempre (LINS, 2001, p. 142).

Notemos que essa exploração psicológica é sabiamente trabalhada pelo autor, de forma que fotografamos mentalmente o que Matilde vê e, conseqüentemente, interioriza para depois expulsá-los em forma de sentimentos, através de “um novo olhar” para situações que ela vivia cotidianamente. É a viagem da descoberta de si mesma, que consiste não em ver coisas novas, mas em enxergar as mesmas coisas de um modo diferente, absorvendo o que realmente é precioso, o que realmente é valoroso.

A dimensão psicológica da personagem Matilde é posta pelo narrador de forma fragmentada, qual imagem pintada em vidro. Percebe-se que Matilde sofre com a indiferença de Antônio, seu marido, que desdenha de seus sentimentos, desprezando seu desejo, pois, num primeiro momento, não se lembra da data importante.

Suas tolices, Matilde... quando é isso?”

Em setembro – dissera. No dia vinte e quatro. Cai num domingo e eu...

Ah! Uma comemoração – interrompera o esposo. Vinte anos de casamento... Um retrato ameno e primaveril. Como nós (LINS, 2001, p. 141).

Só depois que a esposa lhe diz a data, e ele lembra, é que se torna compreensivo, porém de forma passiva e alheia ao sentimento da esposa. Mas, para Matilde, o momento por si só basta para contentá-la. Durante a caminhada, refletindo sobre os acontecimentos, Matilde constata (em atitude epifânica) que seu marido faz parte, efetivamente, do seu momento mágico, de sua felicidade, e que, durante a caminhada, compartilha e vivencia “a data especial” ao seu lado.

Mas quem poderia assegurar, refletiu, que ele era, não um participante de seu júbilo, mas a causa mesmo de tudo o que naquele instante sentia; e que, sem ele, seu mundo e suas belezas não teriam sentido?

Essas perguntas tinham o peso de afirmativas e ela exclamou que se sentia feliz. (LINS, 2001, p. 142)

São pensamentos nostálgicos que a levam a uma evasão momentânea, para dentro de si mesma, a fim de encontrar sua essência, o sentido de sua vida e o que realmente existe de mais valioso para si. Suas respostas surgem em momentos de revelação, “lucidez”. Transforma o instante fugaz, buscando a perenidade das coisas, mesmo sabendo-as “quebradiças”, efêmeras e rarefeitas. Mesmo assim, como todo humano, tenta plasmar o opaco da existência em clara fotografia, perene e duradoura como o papel que atravessa séculos, amarelando e desfazendo-se como a própria vida.

Caminhando nessa perspectiva, outros autores da Literatura Brasileira também recorrem a “imagens” intimistas, como fez Osman Lins. Na obra Um sopro de vida, de Clarice Lispector, Encontramos uma passagem que possui uma certa intertextualidade com O vitral, onde, assim como Matilde, a personagem de Um sopro de vida perpassa por esses preâmbulos íntimos e reveladores. É a força da palavra, despertando emoções dentro de imagens. Clarice retrata passagens que ilustram magistralmente esses “momentos”.

Minha vida é um único dia. E é assim que o passado me é presente e futuro. Tudo numa só vertigem. E a doçura é tanta que faz insuportável cócega na alma. Viver é mágico e inteiramente inexplicável. (LISPECTOR, 1999, p. 19).

O que me importa são os instantâneos fotográficos das sensações – pensadas, e não a posse imóvel dos que esperam que eu diga: olha o passarinho! Pois não sou fotógrafo de rua. (LISPECTOR, 1999, p. 19).

A hora tão esperada chega. Já na rua, Matilde aprecia a beleza do dia, e a alegria que dele resplandece, calmo e sereno, como ela mesma. Uma esposa dedicada, uma mulher submissa que consegue, de forma única, ao lado do marido, de braços dados, sorrir porque percebe que a felicidade é como a luz que transpassa o vitral: tênue e passageira. Mas, que por um breve momento, lhe traz uma valiosa descoberta, por mais simples e banal que pareça ser. E sabe, intimamente, que não pode guardá-lo em lugar algum, nem numa fotografia. Contudo, aquele momento vai estar retratado em sua memória, sinônimo de experiência: daí a força sugestiva e expressiva da fotografia que nos leva a interrogar: o que vale a vida?

Ela apertou o braço do marido e sorriu, a sentir que um júbilo quase angustioso jorrava de seu íntimo. Compreendera que tudo aquilo era inapreensível: enganara-se ou subestimara o instante ao julgar que poderia guardá-lo. “Que este momento me possua me ilumine e desapareça – pensava. Eu o vivi. Eu o estou vivendo”.

Sentia que a luz do sol a trespassava, como a um vitral. (LINS, apud MORICONI, 2001. p. 143)

O vitral, imagem norteadora do conto, mostra a rapidez da mudança de sentimentos tão presentes em nossas vidas, passando do desencanto ao encantamento, do desejo a possível realização de um sonho íntimo.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

AMORA, Antônio Soares. Introdução à Teoria da Literatura. São Paulo: Cultrix, 1992.

BAKHTIN, Mikhail. Questões de Literatura e de estética: a teoria do romance. São Paulo: UNESP/Hucitec. 1998.

CHARTIER, Roger. Crítica Textual e História Cultural: O texto e a voz. Revista Semestral de Leitura do Brasil, Campinas, São Paulo, nº. 10. 1997.

GOTLIB, Nádia Batella. Teoria do conto. São Paulo: Ática, (Princípios, 2). 1990.

LISPECTOR, Clarice. Um sopro de vida (pulsações). Rio de Janeiro: Rocco. 1999.

PAZ. Otávio. O arco e a lira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1982.

PIGLIA, Ricardo. Teses sobre o conto. Caderno Mais, Folha de São Paulo, 30 de dezembro de 2001, p. 24. Disponível em: www.portrasdasletras.com.br/ pdtl2/sub.php?op=literatura/docs/oconto. Acesso em 15.10.2006.

LINS, Osman. O vitral. In: MORICONI, Ítalo. Os cem melhores contos do século. São Paulo: Objetiva, 2001.

SANTOS, Pedro Brum. Teorias do romance: relações entre ficção e história. Santa Maria: Ed. da UFSM, 1996.

Gladys
Enviado por Gladys em 12/04/2007
Reeditado em 28/06/2008
Código do texto: T447275
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