A SUBLIMIDADE DA SOLIDÃO

Prólogo

A superficialidade e hipocrisia, nas redes sociais, não me alegram. Sei que este insosso escrito haverá de ser duramente criticado pelos meus notáveis leitores.

Todavia, rogo, encarecidamente, que pelo menos tentem compreender essa minha reflexão:

“O esconso uso do celular e redes sociais tornam algumas pessoas inteligentes e maravilhosas, não apenas em imbecis tecnológicos, mas sobretudo em sociopatas solitários.” – (Nota deste Autor).

EXPLICANDO MINHA SOLIDÃO

Eu gosto de ficar sozinho. A solidão, para muitos é terrível, não para mim. Não sou egocêntrico, mas me basto na medida em que satisfaço minhas necessidades triviais.

Ver um ótimo filme, ler um bom romance, conto, crônica ou teoria literária; ouvindo uma excelente música criação de Hans Zimmer, faz de mim o senhor dos meus instantes solitários.

Há quem diga que sou cruel com os meus semelhantes só pelo fato de eu não compartilhar, confesso que já tentei, com os outros a minha socioafetiva reclusão.

Criei expectativas mil e nunca me fiz entender. Fracassei. Hoje, parecendo sorumbático, olho para mim mesmo e posso afirmar: Existe uma incompreensível sublimidade na minha solidão.

NÃO SOU EGOÍSTA

Sou solidário comigo mesmo e isso não é ser egoísta nem tampouco cruel. Ah! O amor-próprio é como a cereja do bolo. Todos a querem, mas ninguém avança a mão! Comparo essa “cereja solitária” com a sublimidade da solidão.

Nos feriados prolongados imagino pessoas perdendo tempo na ida e na volta, dirigindo alcoolizadas, sem reflexos e com seus celulares nas mãos... E nessa imaginação solitária sinto-me demasiado feliz na minha solidão.

Pensam e falam que sou doente e entendem que estou com depressão, mas eu chamo isso de paz interior, tranquilidade mental, universo solitário onde sou o único responsável guardião.

Não me importo com o que pensam de mim. Não sinto falta de quem e do que me afastei. De uma verdade não abro mão: Aprecio sobremaneira quebrar paradigmas sem viajar com ninguém na contramão.

A INCOMPREENSÍVEL PALAVRA NÃO

Dizer NÃO para quem sempre foi, imerecidamente, gratificado com um SIM, para quem se diz ser seu amigo (a), algum ente familiar e/ou assemelhado, fará de você um egoísta endemoniado.

Ao dizer NÃO você será excluído, criticado, apontado como um lorpa errante no mundo hipócrita dos endeusados e receberá adjetivos ofensivos. Mas ofensas, para quem tem a autoestima elevada, são iguais ao veneno que não é ingerido. Não ofende!

CONCLUSÃO

Enfim, vivo muito bem com minha solidão. A sozinhez é uma condição, desenvolvida ou congênita, de estar só de forma satisfativa e reflexiva. Já tive, mas hoje não tenho dúvida: Sou minha melhor, fiel e confiável companhia.

Eu que tanto estudei e ainda estudo, demasiado, não consigo avaliar o peso de chumbo da solidão, do abandono, da dor, da tristeza, da decepção causada pela amarga e cruel ingratidão... Mesmo assim, apesar desse imenso fardo, continuo feliz cultuando a sublimidade da solidão.