Decifrando o Ser Humano

“Nós não nascemos humanos, nós nos tornamos humanos” (Joseph Campbell, século XX).

Seres humanos, como entende-los? Como analisar cada um com seu jeito de viver, falar, pensar e agir? Como os classificamos dentro de uma sociedade? Como devemos agir uns para com os outros?

A Teoria da Psicanálise, de Sigmund Freud, trata o inconsciente da pessoa. Podemos afirmar que as pessoas muitas vezes fazem coisas inconscientemente, agindo por impulsos e gerando conflitos sociais.

Cada pessoa é criada com costumes e valores bem diferentes, isso envolvendo as evoluções dos séculos, possuímos qualidades e defeitos e é comum olharmos para alguém e julgá-la por sua aparência, modo de agir e comportamento, sem antes conhecer sua história - Quem nunca cometeu esse erro?

O Modelo Sistêmico é postulado como um novo paradigma no desenvolvimento das ciências, como uma nova maneira de perceber o mundo e suas relações, numa nova forma de pensar, significando a ruptura com formas anteriores de fazer ciência.

Analisemos Simão, o fariseu, um homem aparentemente de boa índole, com posses, estudado, introduzido na sociedade, que na época os homens eram mais importantes que as mulheres. O mesmo convida Jesus para jantar em sua casa, provavelmente para obter status em sua comunidade, porém, como de costume não proporciona a atenção básica de um bom anfitrião daquela época, como possibilitar ao convidado a lavagem dos pés, ou mesmo cumprimenta-lo com um beijo de boas-vindas, um ato cultural. Com tais atitudes, demonstra ser um ser humano cheio de arrogância, discriminação, hipocrisia, indolência, com uma personalidade hereditária, herdadas por seus antepassados.

No momento em que aparece uma mulher, que foi audaciosa ao adentrar num estabelecimento onde não havia sido convidada, foi julgada por seu exterior, como de costume da época, as mulheres não eram aceitas em todos os ambientes, elas não possuíam o direito de escolhas. E por ser considerada uma pecadora, sem família, trabalho, descendentes, a discriminação dobrava, mas, em seu interior uma pessoa emotiva, amorosa, flexível, atenciosa, que se arrisca e recepciona Jesus como era o costume, por não estar em sua casa, providência a lavagem dos pés com suas próprias lagrimas, um ato de remissão, e os enxugam com seus longos cabelos, beijava os pés e derramava perfume. Não hesita em nenhum momento em fazer aquilo que estava correto em seu coração.

Jesus, quando presencia o julgamento da mulher, logo indaga Simão (o Fariseu), questionando-o sobre quantidade e qualidade, e ensinando que o amor está nos simples gestos demonstrado ao outro, provavelmente o Fariseu se sentiu diminuído. Quanto a mulher, demonstrou que nem sempre aquilo que está visível (exterior) revela o invisível (interior), seu coração era puro e provou que merecia uma rendição pelos seus maus feitos, então, Jesus a perdoa por sua grande fé.

Nos dias atuais, como agimos diante de situações? Fazemos como o Fariseu ou como a Mulher? Tratamos o nosso próximo como gostaríamos de ser tratados? Muitas vezes ficamos apenas com as teorias, e não as colocamos em prática, no século XXI, as pessoas estão mais distantes umas das outras, são individualistas, pensam apenas em seus próprios interesses. Nas igrejas há julgamentos entre os irmãos, fugindo totalmente da palavra que diz: “Não julgueis, para que não sejais julgados” (Mateus 7:1 – Bíblia Sagrada). Na sociedade há discriminação racial, financeira, religiosa, entre outras, passando desapercebido as palavras de Jesus: “Eu lhes dou este mandamento. Amem uns aos outros, assim como eu os amei”. (João 13:34 – Bíblia Sagrada).

Referências Bibliográficas:

Introdução à Psicologia: Aplicação Pastoral – Dr. Carlos Tadeu Grzybowski

Joseph Campbell – Século XX

Bíblia Sagrada