A ESSÊNCIA DO VERBO AMAR

“Amar: sentir amor por, ter afeição a, querer bem a; ter dedicação ou devoção a; gostar muito; possuir, ter relações sexuais com; estar enamorado; ser capaz de amar.”

“Amor: afeição profunda; dedicação extrema e carinhosa; sentimento profundo e caloroso que um sexo experimenta pelo outro; apego; carinho, ternura; cuidado, zelo; relações amorosas, namoro.”

(Fonte: Dicionário SACCONI)

1) Amor a si mesmo

Os sentimentos com relação a si mesmo são muito limitados, pois não há a segregação entre o que ama e o que é amado. Então aquele que se ama é quem que tem carinho e, principalmente, cuidado com sua pessoa física e emocional.

2) Amor ao ambiente

Apego a bens materiais pode ser algo saudável, mas, de forma exagerada, torna-se um vício egoísta que reflete no desperdício de muitas coisas, inclusive de tempo.

Cuidar da natureza, porém, é bom e necessário, pois, ao proteger nosso lar, estamos, indiretamente, protegendo a nós mesmos. Parece tão lógico, mas deve ser difícil competir com a cegueira superficial da prepotência humana.

3) Amor a outro

Este certamente é o mais conhecido, pois parece ser o mais conjugado. Seu significado vai desde zelo e ternura até sentimentos e relações profundas.

O famoso “amor ao próximo” não quer dizer, necessariamente, cultivar uma afeição profunda, até porque é impossível ter o mesmo sentimento caloroso que se tem por alguém muito próximo da mesma forma que se tem a um desconhecido. Afinal, é um desconhecido: as vidas estão pouco interligadas. A vida dele tem importância, claro, mas tem pouca importância com a sua. E é isso que mais conta em nossos sentimentos.

Assim, amar o próximo acaba significando cuidado, zelo, carinho, ou, simplesmente, querer bem a quem aparecer.

4) Amor a divindade

Um amor a quem vive ao nosso redor é um amor que se baseia na presença e na ausência. Por exemplo: quando dizemos que amamos um ser, temos medo de que se machuque, de que desapareça, de que sofra, de que morra, enfim, medo de que algo dele seja perdido.

Como não se apresenta na forma como conhecemos a Vida, amar a Deus é totalmente diferente, pois Ele não está sujeito às inconstantes daqui. Amá-Lo é, então, algo relacionado com o que aconteceu, acontece ou acontecerá ao nosso redor. Por exemplo: ter carinho por causa do que Ele supostamente fez, ter apego por senti-Lo necessário ou ter devoção porque quer que Ele faça algo no futuro.

No amor a Deus, é mais difícil sentir afeição profunda como a que se sente por alguém daqui, que é baseada na preocupação sobre sua conservação. Preocupação esta que não nos faz nenhum sentido ter por Ele, tendo em vista Sua superioridade.

Sendo assim, acho no mínimo coerente que conheçam tais conceitos antes de falarem "amor a Deus acima de tudo".

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Você está amando? Será que pagar impostos é amar? Será que dizimar a igreja é amar? Será que trabalhar é amar? Será que cumprir com obrigações religiosas é amar? Afinal, ater-se a deveres é suficiente?

Amamos, quando nos permitimos poluir o ambiente e torrar a Terra?

Amamos, quando intitulamos qual ser merece e qual não merece?

Amamos, quando o nosso mundinho individual e momentâneo é o principal?

Amamos, quando, descaradamente, deixamos tudo nas mãos dos outros?

Em termos gerais, amor é – ou pelo menos deveria ser – respeito. Respeito este que aparece nas atitudes.

Amar é dar importância. Amar é ceder. Não nos neguemos a mudar nossas atitudes. Amemos e amemos constantemente. Amemos sem deixar que um amor a uma coisa anule ou prejudique um amor a outra. Vivamos na difícil tarefa de juntar todos os tipos em um só amor. Amemos.

“Filhinhos, não amemos de palavra nem de boca, mas em ação e em verdade.” (1João 3:18)

“...Todo aquele que permanece no amor permanece em Deus, e Deus nele.” (1João 4:16)