Apelo Aflito

Meu apelo vem do fundo,

Do fundo e é gritado, é cantado,

Aflito, desesperado, de pregos e algodões.

O meu grito é o apelo, a alma aflita e cega,

Tateando espinhos e arames, brasas chamuscadas,

Em dores de mágoa.

Meu apelo aflito é a poesia escrita,

É a poesia declamada, é o grito,

É o canto do poeta, é o verso livre,

Rimada e metrificada,

Bandida, da rua marginalizada,

Soando como um alerta, um apelo.

O meu apelo vem da escrita da palavra,

Nasce de versos feito o ritmo do mar,

A arma aflita, a poesia prevalecida.

Rodrigo Arcadia
Enviado por Rodrigo Arcadia em 14/05/2012
Código do texto: T3667865
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