Bilhoma.
a bicharada corria solta na achada.
a garça branca plantada no barro do fundo,
a arara avoava e gritava longe longe.
na árvore de galho alta o mico sarapantava,
enquanto no tronco riscava a pata da onça.
tranquila, imersa na turvada da corrente, a perca.
e que alegria era aquela festa toda,
o beija-flor bailava bailava,
tudo enfeite e vida. Rica, muito rica.
daí veio o bicheiro-bicho-homem,
derrubou árvore e gravou bicho nela,
fez passar nas casas do bicho-empregado.
já se foi o beija-flor.
os bichos correm todos de bunda em bunda.
Sofre o povo, que não tem quintal.