Gritos do silêncio

O silêncio diz cada coisa, que a vida jamais diria;

Fantasia preenchendo as lacunas da carência;

Essência que não flui nem mesmo em poesia...

A voz pede um acessório para as entrelinhas,

Vinhas, d’onde vinho só bebem, entendidos;

Sentidos que somente quem ama, os adivinha...

Às vezes dá vontade de escrever alto, em neon,

O bom sentimento que machuca como se mau;

Perna-de-pau, cujo endereço é, timidez.com...

Nessa vasta miscelânea de máscaras do bem,

Quem tem amor próprio não se expõe tanto;

Entretanto, não pode calar de todo também...

O poeta é experimentado em falar quase tudo,

Contudo, sua arte ajuda a pintar meios tons;

“sons” em LIBRAS, que o ajudam quando mudo...

Outro que lê também sangra como se sentisse,

Sandice soa somente para quem não é do meio,

Creio, o leitor poeta viu, tudo o que eu não disse...