VIAGEM. ABSOLUTA.
Olhei em linha reta,o vasto infinito,
céu dilatado,de azul de metileno,
pintados de capuchos flutuantes.
Capuchos brancos e cinzas,loucos,
bafo da água,em dias de verão,
filhos dos raios de sol dourado.
O contraste desviou-me do céu,
céu de sua boca, lábios carnudos,
mar de perdição,abrigo da melodia.
Li um poema,palavras vivas,luzes,
suores da alma,hormônios,ativos,
sorriso,tés arrepiada,céu confuso.
Olhei para o alto,céu elástico, azul,
capuchos,iam e vinham,acrobáticos,
do céu da boca,uma frase de amor.
Quis tocar o céu e seus capuchos,
quis mergulhar no céu de sua boca,
olhei no espelho,reflete no seu sorriso.
Quando cheguei de meus pensamentos,
estava no epilogo do poema,na alma,
nessa viela que o poeta se expressa.
Costurei os céus ,com linhas do querer,
quero os dois,bem próximo de meu peito,
um vai abrigar minha alma,outro a vida.