O TEMPO

Torvelinho indefinido,
marco passo pela vida,
sempre no mesmo lugar.

O sonho está perdido,
e a alma escurecida,
esqueceu o que é sonhar.

Só resquícios de memória
mostra o contorno das horas,
devaneios sem motivo.

Tão sem graça, tão sem glória,
o que era bom foi embora...
Já nem sei por que eu vivo.