Vivo a correr

Corro. Corro da agonia. Corro

De dia, pois de noite eu morro

Prazerosamente em risos.

Corro. Se eu fosse parado,

Achar-me-iam suicidado,

Debruçado sobre o piso.

Corro porque sinto essa ânsia

De ver na vida esperança,

Da luz tocar mia retina...

Corro, que o que tenho em vista

Não é nem sequer conquista;

É só uma turva neblina...