O MARTELO E A... CHAVE!

O martelo, manejado com maestria, bate e, rebate os Pregos! E, até os Parafusos, apesar dos seus sulcos em espirais.

As Lâminas, com as suas folhas delgadas e, os Estiletes, finos por natureza, também, não podem fazer frente a um bom martelo.

Uma boa Chave-de-fenda, embora seja menos potente do que o Martelo pode lhe fazer frente, no tocante aos Parafusos, batidos por Ele! Pois, manejada capacitadamente, traz de volta o parafuso batido e, rebatido contra a sua base de madeira ou ferro, usando, tão somente, os movimentos contrários aos sulcos em espirais, nele inserido no sentido cabeça/ponta.

Um, tem a Força propelida e, a outra, o manejo adequado para anular a força!

Com o Homem, acontece algo parecido, Uns, usam a força honesta ou... Ilegal! Enquanto, Outros, utilizam os meios necessários a anular a prospecção, examinando, previamente, a sua capacidade, para, depois, anulá-la, ou... Não! No seu nascedouro ou, na sua trajetória prática!

Nunca devemos procurar vencer a Força usando a... Força!Pois, os Estilhaços, resultantes desse embate, fragmentarão o mais fraco!

Quanto mais praticarmos o assassinato contra os bandidos e assassinos, mais fortalecidos Eles se tornarão, pela renovação de seus quadros, quando, então, passarão a dizimar os mais fracos do que Eles, na fuga do enfrentamento com os que possam vencê-los!

Com os assassinos, estrupadores, traficantes etc. deveram agir como a Chave-de-fenda, ou seja: Extraí-los, forcejando ao contrário, os seus sulcos espiralados, os desentranhando do seu meio devasso e, sem alarde, levá-los aos Tribunais de Justiça, porém, caso sejam condenados, não os deixando juntos no mesmo presídio, para evitar a mancomunação entre Eles, conluiando para a prática de novos crimes!

Para que o Mal seja vencido, devemos evitar o “Martelo” e, usarmos o intelecto analítico, a analisar, caso a caso, toda a Força maléfica, dissecando-a, nas suas minúcias, em favor da Força da lei e da honorabilidade! Portanto, anulando-a, totalmente, como Força do Mal!

Há milhares de possibilidades de regenerarmos o “mal” sem eliminar o seu portador e/ou possuidor, entretanto, a maioria delas depende do comandamento em liderança, dos estudos sociais, da capacidade de arregimentação, do tempo disponível e, do “poder monetário” para a dispersão, o que não é o meu caso por ser pobre empírico e... Tímido!

Todavia, de uns seis anos para cá, descobri outro canal para tentar amenizar as ações do mal, assim, passei a criar poesias, vários livros volumosos de suspense policial e ficção estelar e, centenas de textos diversificados, contudo, as minhas prateleiras se entulharam com a minha “obra”, lá estando mais de vinte livros, quando, então, tentei publicar alguns deles, me comunicando com várias editoras famosas do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais, de todas elas recebi elogios, porém, dizendo-me não haver interesse na publicação de livros escritos por novatos.

Recentemente, fiquei sabendo que as editoras só publicariam os meus livros se eu fizesse uma “parceria” com elas pagando, pelo menos, uns seis mil reais por cada um publicado.

Sabedor de que, no nosso país, poucos são dados a leitura, principalmente de principiantes, e, não tendo dinheiro disponível, desisti, por enquanto, de publicá-los.

Também, descobri que esse deve ser um dos casos dos desajustes sociais, crimes e outros desatinos, ou seja: pouca sapiência escolar e de maturidade, pouca difusão de atos meritórios, quase nenhum bom exemplo a ser seguido, prejudicado pelos excessos de desenhos, novelas, jogos na televisão e no computador, noitadas em farras intermináveis, azáfama a fugir do trabalho etc. enquanto o “Mal”, de espreita, fica rodeando os incautos, dessa forma, considerados presas frágeis.

Nos encaixes dos portais

Passam arestas da vida,

Em fila indiana de mortais

Num cortejo de despedida!

Desvão do engodo sofrido,

Passaporte para o infinito!

Reflexo do nada embutido

Em duras almas de granito.

Moldura que dá pra o além,

Fronteira de ultrapassagem!

Portal que vai, mas, não vem,

Não permite a hospedagem!

Sebastião Antônio Baracho

conanbaracho@uol.com.br