O Brasil e a impunidade

As pessoas morrem e o processo se inicia. A família da vítima chora e o criminoso sai pela porta da frente da Delegacia ou quando muito paga uma fiança irrisória.

A família da vítima após o fato sofre emocionalmente e a própria vítima muitas vezes carregará uma sequela emocional ou física para o resto da vida, enquanto o criminoso alegando stress resolve fazer uma viagem.

Uma pessoa acaba de ser atropelada e morta por um motorista alcoolizado, enquanto que o autor do fato é conduzido até a Delegacia de Polícia onde se recusa a fazer o exame do bafômetro ou mesmo a retirar o sague para exame, mas apesar disto paga uma fiança irrisória por ser primário e ter bons antecedentes, e responderá ao processo em liberdade.

Se fosse em um outro país denominado de civilizado as pessoas ficariam estarrecidas com as premissas apresentadas, mas no Brasil estes fatos se tornaram comuns e as pessoas seguem seu caminho como se nada estivesse fora do esperado.

O processo penal está centrado exclusivamente no acusado, enquanto a vítima muitas vezes é ridicularizada como se estivesse tendo desvaneios e criando os fatos diversos daqueles descritos na denúncia.

A vítima em muitos casos é enxovalhada enquanto ao acusado todos os direitos são reservados inclusive o direito de imagem, como se este este fosse um personagem que em nenhum momento pudesse sofrer qualquer tipo de perturbação.

Todos estes procedimentos em muitos casos levam a impunidade e fortalecem a prática de novos ilícitos em flagrante desrespeito ao que se denominada de Estado democrático de Direito.

Desta forma fica a seguinte observação, até quando estaremos aceitando a impunidade. Muda Brasil.

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