A inveja como elemento motivador de ilícitos

A prática de um crime é um fato que traz repercussão nas relações sociais e que exige uma resposta por parte do Estado. Atualmente, percebe-se que em muitos casos as respostas apresentadas pelo Estado não tem sido as mais adequadas.

Mas, apesar das críticas que podem ser apresentadas não tem como o Estado controlar os sentimentos daqueles que vivem em seu território, e nem mesmo impor limites ao pensamento. Ao Estado cabe estabelecer consequências legais pela prática dos ilícitos que devem ser adequadas para que fatos semelhantes não votem a ocorrer.

O ser humano é um ser complexo e ambicioso que muitas vezes por falta de preparo emocional e também por falta de uma melhor formação quando dos seus primeiros passos não consegue controlar os seus sentimentos.

Muitas vezes uma pessoa aparenta ser de boa índole, mas em seu interior existe uma revolta, uma confusão de sentimentos, e até mesmo uma falta de caráter que acaba lhe impulsionando para a prática de ilícitos, alguns muitas vezes futeis e hediondos.

Dentre os sentimentos motivadores da prática de ilícito existe um que se faz presente desde os primeiros dias da humanidade relatos em textos escritos, como por exemplo, a Bíblia.

Para muitos o primeiro homicídio relatato pelas escrituras teve como elemento motivador a inveja. Foi este sentimento que fez com que um irmão matasse o outro, mesmo sabendo que Deus que é unipresente estará vendo aquele ato reprovável.

Na atualidade, em muitos ilícitos que são motivados, principalmentte aquelas relacionados com o patrimônio e com os crimes contra a pessoa tem como motivador a inveja, que leva a prática conforme mencionado de atos reprováveis.

Devido a sua incompetência e muitas vezes a falta de controle emocional o invejoso não consegue encontrar outro caminho que não seja a prática de um ilícito como forma de afrontar a pessoa objeta de sua inveja.

A sociedade moderna não exigido mais e mais das pessoas, e aquelas que não conseguem se adaptar a esta realidade partem para a prática de ilícitos, uma vez que entedem que mesmo sem produzirem para tanto possuem o direito de terem as mesmas coisas daqueles que são objeto de sua cobiça, ira, inveja, entre outros sentimentos.

O Estado conforme mencionado não tem e nunca teve condições de controlar o sentimento das pessoas. Mas, na condição de responsável pelo contrato social por ele subscrito cabe ao Estado estabelecer respostas adequadas que impeçam a prática de ilícitos em razão das consequências previstas para o infrator.

Somente com a adoção de medidas efetivas é que Brasil conseguir diminuir os inídices de violência. Segundo a Veja em 10 anos morreram no Brasil vítimas de morte violenta mais de 150.000 mil pessoas, o que demonstra que alguma coisa não anda bem nas relações sociais.

Na realidade, enquanto a sociedade não buscar a mudança de algumas cláusulas do pacto social continuará sendo vítima de sua própria omissão e de sua própria comodidade.

Por isso, é preciso que a sociedade comece a desperar para a realidade que se encontra presente nas ruas, pois como afirmou certa vez Martim Luther King Júnior o que me assusta não é o grito dos violentos, mas o silêncio dos bons.

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