Criminalidade versus divórcio!

Divórcio! Ação com quatro décadas de existência. Cuja entrada no cenário cenário brasileiro: "Foi sancionada em 26 de dezembro de 1977 pelo presidente Ernesto Geisel, a Lei Nelson Carneiro (6.515/77), que instituiu o divórcio no Brasil, resultou de um processo secular".

Há um vácuo resultante da ausência de escritos sobre os impactos negativos e consequências do divórcio sobre filhos de pais divorciados.

Não há preocupação com a ação criminosa cometida contra a criança.

Criança nunca beneficiadas pelas leis do ECA, as quais afirmam que os filhos devem ser protegidos, amados, educados pelos pais, tendo o lar como azilo inviolável.

Após o divórcio dos pais, passam a viver, via de regra, jogadas de um lado para outro na casa de avós idosos e cansados.

Em textos recente encontra-se frases como: "As modernas leis do divórcio procuram que nenhum dos cônjuges apareça como responsável pela ruptura. Um divórcio civilizado é um divórcio sem culpados.

Todavia, não significa sem filhos com almas dilaceradas, sem depressão, sem mágoas.

A maior preocupação sempre foi solucionar o desespero de alguém que quer livrar-se de um relacionamento incômodo para nadar em outras águas, sem preocupar-se que as marcas na vida dos filhos são irreversíveis.

"Para avaliar a amplitude social do divórcio, basta referir que num ano (1979-80) houve nos Estados Unidos 1.184.000 divórcios, o que em termos relativos equivale a um divórcio por cada dois novos casamentos. Durante este mesmo período, 1,2 milhões de crianças juntaram-se, assim, aos 17 milhões de menores de 18 anos que vivem com um só dos pais. Além disso, a duração média do casamento dos que se divorciam é actualmente de 6,6 anos, o que implica que muitas destas crianças são de tenra idade e especialmente vulneráveis ao choque do divórcio". Vide: http://familia.aaldeia.net/consequencias-do-divorcio-nas-criancas/.

Onde estão abordagens que contemplem as crianças brasileiras?

Onde estão planilhas com abordagens e gráficos visualizando o ônus gerado aos cofres governamentais como resultado do divórcio? Ou sobre os prejuízos nas empresas como resultado de funcionários que se ausentam por depressão resultante dos divórcios?

Focaliza-se as facilidades para quem dele quer se beneficiar. Porém, há o outro lado desta moeda tão cruel.

Dados registrados dão conta de que: "Os brasileiros nunca se divorciaram tanto como no ano passado. Em 2010, foram registrados 243.224 divórcios, entre processos judiciais e escrituras públicas – 36,8% a mais do que em 2009. Significa que 1,8 em cada mil pessoas com 20 anos ou mais dissolveu o casamento legalmente. Foi a maior taxa registrada desde 1984, quando teve início a série histórica. Os dados são das Estatísticas do Registro Civil 2010, divulgadas ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)".http://www.gazetadopovo.com.br/vida-e-cidadania/brasil-alcanca-a-maior-taxa-de-divorcio-dos-ultimos-26-anos-9szdzdv8sv55ridijb022yn2m.

Que relação direta haveria entre o divórcio esfacelando família e o aumento da criminalidade juvenil na qual os jovens e adolescentes tornam-se violentos e revoltados contra todos e contra tudo?

Relacionado a isto cito um trecho do trabalho de pesquisa de Eduardo Rodrigues da Mata que tenta explicar, porém, fica aquém da raiz do problema.

"Um dos fatores deste tipo de criminalidade seria a exclusão social, uma vez que, diante da rotina da sociedade, certos sujeitos se encontram sem amparo, o que seria isso, o jovem entra para o universo da criminalidade com o objetivo de ser notado, posto que muitas vezes a exclusão parte da própria família, assim o jovem buscando “destaque social” se entrega a prática de infrações.

Em suma seria a exclusão social que levaria o jovem a integrar as condutas infracionais, nesse sentido encontramos: Soares (2002, p. 133 (...) "mortos-vivos", seres socialmente invisíveis que transitam pelas cidades e não são percebidos)". http://www.conteudojuridico.com.br/artigo,a-delinquencia-juvenil,33344.html.

Ouso concluir esta curtíssima reflexão ponderando que se houvesse um empenho em preparar os jovens para as responsabilidades do casamento, para o necessidade de se conhecerem quanto a seus temperamentos e checarem seus reais propósitos ao quererem casar-se, muitos casamentos se acabariam antes da Igreja, não havendo desgaste com divórcio. Evitando gastos, geração de vidas de forma irresponsável, diminuindo a delinquência infantil e os desvios de condutas resultantes do problemas psicológicos causados pelo divórcio e não abordando com a devida responsabilidade.

O divórcio propicia a "possibilidade" de novo relacionamento. Porém, não resolve as dores emocionais que produz nas crianças indefesas.

nana caperuccita
Enviado por nana caperuccita em 16/11/2011
Reeditado em 24/05/2018
Código do texto: T3339336
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