O REFLEXO DA... COSTURA!

O MEU TEXTO, A SEGUIR, SE TIVESSE SIDO APROVEITADO NA ÉPOCA, PODERIA TER LANCETADO MUITAS ARESTAS IMPRODUTIVAS NO TOCANTE A SEGURANÇA PÚBLICA E SEUS ANÁLOGOS:

O REFLEXO DA... COSTURA!

Para colarmos algo a outro objeto é preciso de aderência, grampo, costura ou outro qualquer método que permita a união.

A colagem é facilitada se a contextura permitir unir materiais idênticos, entretanto, ela se torna difícil se pretendermos unir coisas ou grupo de textura díspar, mesmo tendo, ambas, uma finalidade em comum.

Para unificarmos alguma coisa o principal é o estudo ou a escolha do “material” que será utilizado para a “colagem”, ele terá que ter a capacidade do controle absoluto evitando a dispersão que anularia a união e, ter “vida própria” para assimilar às falhas e virtudes dos lados que se aproximarem em direção da junção pretendida sem discriminar e não favorecer à nenhum dos lados, para tanto, recebendo às virtudes e, ao mesmo tempo, às deficiências, pára, em seguida, elaborar uma norma de conduta em que, “a priori”, haverá “menos mal” e “menos bem” caminhando juntos para o razoável ou, pelo menos, para o mais aceitável.

“A UNIFICAÇÃO DAS POLÍCIAS” é ideal para o combate ao crime, quaisquer que seja à sua tipicidade, no início, o difícil é ombrear, lado a lado, a Polícia Militar e a Civil, pelas razões que passo a enumerar “sob censura” :

a)- Os Policiais Militares :

Instituição antiga com fim social de prevenção e combate ao crime, além de força auxiliar do exército sem dele nada receber em troca, pelo contrário, eles “confiscaram” às metralhadoras Madsem, FMZB e alguns fuzis, na época, modernos, isso ocorrendo há décadas.

No meado do último século, viam-se praças fardadas fazendo uma simples operação de rotina em lombos de cavalgaduras e sentados sobre os seus fuzis, não tinham algemas, aprestos policiais e nem revólveres ( só oficiais e subtenentes podiam portar revólveres mas... os bandidos já os tinham! só, que... às escondidas).

A dupla cognominada de “Cosme e Damião” era o “xodó” da população, todavia, era um martírio para os PMs que tinham que lutar na via pública contra os relutantes infratores da lei até conseguir manietá-los e os isolar numa cadeia ou delegacia de polícia.

Os praças da PM tinham pouca escolaridade, porém, excelente aprendizado em suas “Escolas de Recrutas”, o que lhes davam o tirocínio para a prática dos misteres lhes afeto, era uma escola “ dura” e de difícil adaptação, contudo, formava muito bem os soldados e graduados, o que redundava em beneficio incomparável ( até hoje) para a população ordeira.

Nos rincões, grotões, vilas e povoados, havia, diuturnamente, uma “Diligência Permanente” composta de um cabo e dois soldados, sempre... Respeitados, respeitando e... Estimados!

Com a modernidade, surgiram os aprestos policiais (rádios, algemas, apitos etc.) bem como, as viaturas, foi o fim da dupla “Cosme e Damião” e o início do policiamento motorizado de mais fácil locomoção e mobilidade aos locais necessitando da presença dos PMs., muito embora, com isso, os marginais, tão logo os veículos da polícia ultrapassavam determinado trecho, ocupavam o seu vácuo e continuavam na prática dos delitos, o que não ocorria com a presença da dupla extinta e já referenciada.

Várias companhias e pelotões foram desmembrados dos batalhões e “destacados” nas cidades, o que foi bom.

Em contrapartida, acabaram definitivamente com as diligências permanentes, com os lugarejos só recebendo a visita dos policiais nas “agruras dos crimes”, no entanto, isso resultou em: Menos contato com a população!

O desenvolvimento social e o mercantilismo enterraram quase que totalmente, o sentimento de classe.

Antigamente, ninguém ousava falar mal de um PM diante de um seu colega de “farda”, hoje... É quase comum eles próprios desmerecerem um colega em um ambiente estranho aos “quartéis”, com honrosas exceções.

No meu extenso tempo de PM tínhamos o hábito de, tão logo avistássemos um civil “dar-lhe uma busca visual” à procura de armas, atualmente, em trajes civil, coloco uma arma na cintura e ando por todos os lados e nunca fui abordado por um policial civil ou militar a mim estranho, à respeito do porte referido.

A disciplina férrea, por força do desenvolvimento social, foi abrandada a um mínimo perigoso:

Os cabos, que eram comandantes de diligências e até “excelências” (existe um livro com esse tratamento), passaram a ser considerados como “soldados melhorados”. Os sargentos, que eram considerados “molas mestres das unidades” foram reduzidos á “cabos melhorados”. Oficiais, até superiores, acabaram tirando patrulhas com as praças nas viaturas - não houve a decrepitude da disciplina em razão dela, apesar de menos “dura”, ainda ter ás suas antenas e garras entranhadas nos PMs desde a antiga “escola de recrutas” onde aprenderam que “superior não mente” e que “o soldado é superior ao tempo”.

O que me está preocupando é o fato de alguns PMs estarem se “desligando” do “mundo civil” e fazendo, aos poucos, um mundo alternativo só pára eles, passando, dessa forma, a considerar a “todos” como seus desafetos, resultando, de vez em quando, em “balas perdidas matando inocentes” e prisões, às vezes, apenas por suspeição simples ou desobediência passiva facilmente controlável, além de se apresentarem como “juizes e carrascos” justamente por esse distanciamento e disjunção com os “paisanos” livres ou...presos nas penitenciárias e cadeias!

Porém, ao mesmo tempo, me conformo parcialmente com tais deslizes por saber que o “policial é o termômetro que mede o grau de civilização de um povo” e o nosso povo não se encontrar muito bem civilizado!

Apesar de algumas censuras feitas, devo dizer que a PM. Principalmente a Mineira, ainda é a melhor polícia na prevenção e prisão dos desajustados do meio social, portanto, contrários aos ditames da lei, se ela não é perfeita a culpa é da própria sociedade e de quem, erradamente, a dirige cometendo crimes ou enganos graves, o que não é o caso no presente.

b)- Os Policiais Civis.

É uma instituição também antiga em que, até meados do século próximo passado, a maioria das delegacias de polícia tinha por delegados os “juizes de paz”, alguns deles mal sabendo ler e assinar o nome, os peritos e escrivães do interior, em sua maioria, eram “ad-hoc” e às investigações eram executadas pela “triagem” composta por praças da polícia militar local.

Alguns delegados eram oficiais da PM.

Com a complementação da maioria dos seus quadros, foram eles ocupando, paulatinamente, às delegacias e, a “triagem” da PM foi recolhida aos quartéis, o mesmo ocorrendo com os peritos e os escrivães “ad-hoc” que foram suprimidos, com os delegados oficiais da polícia militar também sendo dispensados para as suas unidades.

Ao em vez da unificação, que teria sido mais fácil naquela época, houve a dispersão separando os policiais que tinham quase às mesmas funções, indo os PMs para os quartéis a praticarem a polícia preventiva e repressiva enquanto, na sua antiga “casa”, a polícia civil continuava com as investigações, perícias e elaboração de inquéritos.

A formação da polícia civil ocorre nas suas academias de polícia, dividindo-se em símbolos ou classes no tocante a escolaridade, dessa forma, uns aprendem a elaborar perícias, outros, práticas cartorais, investigações etc., todavia, com poucas aulas do “todo” no combate ao “tudo”, ou seja: os criminosos de vários tipos e periculosidade.

O mesmo ocorrendo nas academias ou “escolas de recrutas” atuais da PM.

Apesar de algumas referências que possam ser mal interpretadas, devo repetir o que disse a respeito dos PMs:

A polícia civil Mineira é a melhor polícia do Brasil e, também, é um termômetro do procedimento social o balizando para a ordem pública.

No meu entender, a PM é a raiz, a Polícia Civil a haste ou caule e a Justiça a copa, florida ou não. A PM chega no “calor” dos acontecimentos, faz às prisões e isola os locais de crime, a Polícia Civil se aproxima e prossegue elaborando periciais e iniciando às investigações do delito, recebendo o local preservado, os presos e às ocorrências escritas pelos PMs após, faz os inquéritos respectivos e os remete para a copa (frondosa, florida, ou não) da Justiça, só que, na Justiça, eles refazem todo o trabalho escrito pelos escrivães praticando uma espécie de “vídeo tape”: mais gastos financeiros e de pessoal para o Estado sem contar o “stress” de ler e reler para às partes envolvidas confirmarem, ou não, o que já disseram na Delegacia de polícia ou para os PMs da patrulha :

TUDO ISSO SÓ NÃO É UM ABSURDO PORQUE É LEI!

c)- O Cidadão

Os que ainda têm emprego ou trabalham, levantam cedo e pegam conduções superlotadas, ao colocarem o pé no vão da sua porta já estão correndo uma série de perigos vindos do desconhecido indevassável “mundo exterior” ao seu lar, tem que estar com os bolsos abotoados, às suas jóias mais caras ficará nos seus cofres ou esconderijos individuais do seu lar etc.

Não vou me referir aos apertos e dificuldades a que ficarão expostos fora da sua casa, por que isso já é do conhecimento de todos nós e sempre difundindo pela “mídia” escrita, falada e televisiva, até à exaustão.

d)- Deficiências e ... Algumas soluções (sob censura):

Escolas de formações das duas polícias com uma só finalidade, porém, com ensinamentos diferenciados, o que ocasiona tirocínios diversificados para resolverem o mesmo fato delituoso ou de prevenção ao crime.

Complexidade de classes, graduações, patentes, funções, atribuições etc., todavia, como classificações mais disciplinares, administrativas e de comandamento do que resultantes para a meta final que é o combate ao crime e manutenção dos criminosos nas cadeias e penitenciárias.

Obs.: Fiquei sabendo de casos esdrúxulos, tais como:

Um determinado sargento, ao lhe pedirem socorro para prender um criminoso, respondeu: Moço! Eu sou é... Burocrata!

Um escrivão, igualmente solicitado, respondera: Minha senhora... Eu trabalho é no cartório! E, muitos outros eventos parecidos.

Divisões de delegacias acompanhando o nome dos delitos mais graves (homicídios, furtos e roubos, tóxicos etc.) quando, a bem do razoável, o ideal seria todas elas atenderem às “queixas” de quaisquer tipicidade de crimes, praticando, cada delegacia procurada pelo cidadão, á iniciação seqüencial da apuração do fato, por exemplo :

Determinada pessoa chega a delegacia de homicídio reclamando que teve um seu cordão de ouro furtado, ela seria recebida, qualificada e feito uma espécie de relatório, depois, o responsável encaminharia os papéis para à delegacia de “ furtos e roubos” que prosseguiria com o feito, isso geraria menos deslocamento para a vítima e mais relacionamento pessoal dela (público) com os policiais, além do fato de transcorrer uma maior diversificação dos trabalhos evitando o “stress” da mesmice ao ficar por longo tempo cuidando de uma só tipicidade de crime, ou, então:

Toda delegacia atender, até à remessa para a justiça, todos os casos delituosos, para tanto, e quando necessário, convocando “peritos” ou “especialistas” para cada evento que depender de perícias e exames laboratoriais.

Policial militar e civil ter que se envolver com os menores inimputáveis, doentes mentais, filas de um modo geral, inclusive do INSS., futebol, cinemas, teatros, clubes, guarnições de presídios , endemias etc..

Ao em vez das associações de oficiais, subtenente e sargentos, cabos e soldados, escrivães, delegados etc. deveria existir uma única, no momento, para cada uma das polícias e, com a unificação, reuni-las em uma só. Pois, às divisões são incompatíveis com quaisquer unificações e geram desentendimentos ferindo melindres, onde a associação dos dirigentes se imporá de cima para baixo oprimindo às inferiores:

Não se unifica pela força, esta só subjuga o físico, ficando a mente de cada um no resguardo e maquinando dispersão ou... Fingindo obedecer!

Moradias para às “autoridades” das duas polícias e para juizes e promotores, além de viaturas oficiais com cota de gasolina, enquanto que os que realmente precisam, “praças”, detetives, escrivães, carcereiros, etc. recebendo módicos salários, não têm direito a tal benesse : é a inversão da dádiva em favor de quem não precisa dela ! No momento do entrevero ou embate com os bandidos, os que não tem nenhum favorecimento, estarão, par e passo, na vanguarda defendendo a todos e quase nada levando de vantagem pecuniária no seu dia-a-dia de calmaria.

Acabar, totalmente, com os quinquênios, adicionais, auxílio moradia, vestuário, comissões diversas etc., ou seja: cada policial terá o salário igual ao do seu colega e recebendo apenas o básico, claro que sem a covarde diminuição de pagamento utilizado em muitas empresas sob a alegação de contenção de despesas por “déficit”.

Com essa medida, acabar-se-ão com os disparates, por exemplo, o de um determinado policial aposentado, como é o meu caso, estar recebendo proventos maiores do que o seu colega que está no cargo atuando, além de tudo, não prejudicará a ninguém... Com o passar do tempo, ficará mais fácil descobrir quem esteja se locupletando ocupando funções para as quais não tenha freqüência ou esteja preparado para assumi-las.

Terminar com as classificações de comportamento (excepcional, ótimo, bom, mau etc.) que, também, discrimina sem dar vantagens. O policial tem que ser “bom” no seu mister, se ele for além, que, como prêmio, seja dada a ele uma compensação meritória extraordinária em forma de uma pequena dispensa remunerada para o seu descanso, retornando da licença com o ânimo de praticar a excepcionalidade. O que lhe redundará em nova dispensa e servirá de incentivo e exemplo para os seus colegas, iguais e até superiores que procurarão imitá-lo para ficarem acima de “bons” e também serem compensados com uma licença por alguns dias do trabalho lhes afeto.

Desmistificar o “curso superior” como um meio de ter maiores salários e ser “ferrão” dos subalternos, fazendo-o luzir como forma de melhor entender o correto no momento exato e ser uma paralaxe que permitirá o tirocínio dos policiais observarem às suas qualidades no raio da órbita policial no tocante à retirada de circulação de todos os infratores da lei.

Deveria ser ensinado aos policiais, até a apreensão ou a exaustão, de que é “melhor ser escravo das leis e dos regulamentos do que dos homens!” quaisquer que sejam eles, inclusive os seus superiores.

Os estatutos ou leis orgânicas de ambas às polícias estão “caducas” há tempos e... Estagnadas! Além de terem em seus vocábulos “coisas” hilariantes, tais como:

“Faltar com a verdade” antes da completa apuração dos eventos, quando sabemos que a “verdade”, apesar de clara e lúcida precisa ser comprovada e Ela não deixa nenhuma dúvida após a sua constatação;

Não haver punições para todos os atos errôneos dos considerados “superiores” ou chefes, principalmente os ditames da lei orgânica da polícia civil.

Proibir a ingestão de bebidas alcoólicas em controvérsia com a lei que diz que é crime apenas embriagar-se, se fosse proibido às bebidas alcoólicas, elas não poderiam fazer parte das fórmulas de muitos remédios e, todo padre ao celebrar uma missa teria que ser preso em flagrante ao ingerir o vinho da consagração.

A não corrigenda modificatória das leis orgânicas ou estatutos tendo a participação representativa de cada setor da segurança, até dos carcereiros, soldados e outros, prejudicou por demais os seus artigos, só quem exerce na prática do dia-a-dia a sua função poderá dar subsídios para as normas a serem obedecidas e cumpridas integralmente.

Obs.: Certa feita, recebi uma circular que me obrigava a elaborar os inquéritos pela ordem de chegada e numeração das ocorrências da PM respondi ao delegado, por escrito, da impossibilidade do seu cumprimento, alegando que estaria a autoridade ficando sujeita ao agente que numerasse e entregasse a ocorrência e, no caso de chegarem de uma só vez vinte ocorrências com às dezenove primeiras noticiando crimes de menor gravidade e, a vigésima, um homicídio ou roubo, não teria como elaborar o flagrante ou dar andamento na última enquanto não fosse concretizadas às anteriores.

Não sei dizer o que disse o emissor de tal circular, contudo, dois dias depois, fomos comunicados da sua anulação por cancelamento total e irrestrito.

Não se justifica a existência de Hospitais nas “duas polícias”, inclusive os do IPSEMG o governo poderia fazer convênios com todos os nosocômios particulares que passariam a atender aos policiais mediante a simples apresentação da cédula de identidade e do último contracheque e, se fosse o caso, carteira de dependentes.

Justifico: Trabalhei mais de 35 anos nas duas polícias (vinte e dois anos na PM), poucas vezes precisei de atendimento médico e nunca fui internado em nenhum hospital.

Em minhas doenças eventuais usava remédios naturais ou de farmácia, portanto, poucos gastos dei ao Estado, igual a mim deve haver outros.

Com os convênios haverá economia para os cofres públicos que deixariam de manter verdadeiras “cidades hospitalares”.

PARAR DE CENSURAR É PRECISO!

Nesta oportunidade, vou me referir ao que acho ser necessário para a UNIFICAÇÃO DAS POLICIAS.

Como já fui textual por demais, vou apresentar alguns tópicos para ajudar a moldar a “vida própria” da “colagem” o que permitirá a UNIÃO das polícias, aparando às suas arestas de disparidades e tendo por meta principal o combate ao crime, cujo fulcro, como já disse ambas vêm exercendo a contento às suas atividades, só que... Separadas desde o nascimento em priscas eras:

OS UNIFICADORES

Deverá ser composta uma equipe de alto nível intelectual e com maturidade com representantes de todas às classes, postos ou graduações, para a “colagem” que definirá a contextura da unificação.

ARMAMENTO

Padronizar os armamentos a serem utilizados no combate ao crime, todavia, sem eliminar o criminoso, apenas o manietando e o confinando numa prisão para à sua regeneração, como manda a lei.

“COSME E DAMIÃO” INTERLIGADOS

Retornar a dupla “Cosme e Damião” com as viaturas fazendo as ligações entre uma e outra para dar-lhes maior mobilidade e assistência, acabando com os claros ou vácuos do trajeto dos veículos prontamente ocupados pelos marginais.

POSTOS PERMANENTES

Retornar às diligências (ou postos) permanentes em distritos, vilas ou povoados visando a manutenção da lei e relacionamentos sociais com a população.

AULAS SOCIAIS

Fazer convênios com escolas de um modo geral, até faculdades se for o caso, para o aperfeiçoamento social e de convivência dos policiais unificados, o que, também, os unirá aos cidadãos por meio da freqüência às aulas.

ESCOLAS DE POLICIAIS

Retornar as escolas de recrutas com o nome de “escolas de policiais”, para os ensinamentos funcionais e muito necessários, evitando, dessa forma, muitos enganos primários, tais como:

Atuar em crimes de ação privada sem a representação de quem de direito ou, num crime de dano sem vítimas pessoais, eles atuar como se fosse uma ação pública e... Muitos outros casos análogos.

APRESTOS POLICIAIS

Distribuir os aprestos policiais para todos em igualdades de funções (algemas, apitos, celulares, agendas, rádios etc.).

R.P. PADRONIZADA

Padronizar as rádios patrulhas e equipá-las funcionalmente, inclusive com macas, oxigênio etc.

POSTOS POLICIAIS

Transformar às companhias e pelotões em postos policiais com apenas doze policiais guarnecendo determinado número de quarteirões que abranjam toda a comunidade.

SENTIMENTO DE CLASSE

Promover um moderno sentimento de classe que una os servidores ao mesmo tempo em que faça com que eles próprios pratiquem o saneamento do meio deles dos maus companheiros, pára isso, dando ao que se encontrar fora do bom procedimento uma ampla e irrestrita possibilidade de regeneração e readaptação em prol de todos, inclusive dele mesmo. Na impossibilidade da “regeneração”, que seja feita uma comunicação ao superior imediato evitando, assim, que ela venha da população e, consequentemente, da imprensa, às vezes, ávida de sensacionalismo.

“BUSCA VISUAL”

Que a cada policial unificado volte a ser ensinado a usar a “busca visual” à procura de armas, drogas etc.

DISCIPLINA

Equilibrar no “meio-termo” às disciplinas das corporações unificadas, e acabando com as sentenças e chavões mentirosos de: “superior não mente”, “o policial é superior ao tempo” e outros.

SOCIALIZAÇÃO DOS POLICIAIS

Promover a socialização angariando amizades com o cidadão comum e acabando com as alcunhas de “paisano”, “Alcagüete”, “estranho no ninho ou ao meio”, gírias exageradas e cognomes ofensivos etc.

FUNÇÕES “AD-HOC”

Suprimir os cargos “ad-hoc”: todos os policiais têm que ser concursados para poderem ser responsabilizados, com ampla defesa, pelos deslizes porventura cometidos.

AUTORIDADE POLICIAL

Não vejo a razão primordial do delegado ter que ser advogado, basta o candidato provar à sua capacidade para a função, podendo ele ser engenheiro, médico, ou qualquer um com maturidade e conhecimento, inclusive empírico, para tal mister.

ACADEMIA DE POLÍCIA ÚNICA

Uma academia única para a polícia tendo como maior cátedra a do combate ao crime em todas às suas formas e manifestações, além de sempre estar atualizada com as novidades que for surgindo.

DUPLICIDADE DE FUNÇÕES

Elaborar estudos junto à Justiça ou ao Congresso nacional para ser evitada a duplicidade de trabalhos e funções nos inquéritos policiais no intervalo dele para o processo.

REDUÇÃO DE “CLASSES”

Reduzir ao máximo possível e funcional a complexidade acumulatória de classes, postos e graduações (atualmente eles são mais de 45 nas “duas polícias”).

REESTRUTURAÇÃO DE DELEGACIAS

Reestruturar o número de delegacias da capital e das grandes cidades, desmembrando-as em cada bairro com atendimento ao público que lá se apresente pedindo providências a respeito de qualquer crime ou contravenções: os policiais deverão saber tudo sobre a sua função, ressalvando-se apenas os casos de perícias médicas ou de locais de crime, onde o policial que atender ao cidadão encaminhará os papéis iniciais da “queixa” ao local apropriado e, não, o queixoso, este, se for necessário, será chamado pelo destinatário dos papéis.

LOCAL A SER POLICIADO

Elaborar um “universo” dos locais que devam ter policiamento, excluindo os de clubes em geral, teatros, cinemas, filas, etc. ficando esses locais na obrigação de ter os seus vigilantes próprios, com a polícia só comparecendo chamada para resolver os casos criminais ou contravencionais.

ASSOCIAÇÃO ÚNICA

Estudar a criação de uma associação única para todos os policiais unificados.

MORDOMIAS

Acabar com as mordomias discriminatórias e com as benesses apenas para as autoridades.

SALÁRIO BÁSICO

Haver só um salário básico para todos os policiais de mesma função e categoria, eliminado às “vantagens” no seu total. Justifico:

O atual governo do Estado colocou o nosso pagamento de razoável para bom, o que nos permitirá manter nossas “contas” em dia, desde que não haja diminuição do pagamento mensal e atual.

COMPORTAMENTO

Terminar com as classificações de comportamento, todos os policiais têm que ter um “bom comportamento” à altura da sua função pública, quem se destacar em determinado serviço policial, receberá uma licença remunerada de um a sete dias, o que servirá de incentivo e bom exemplo para os seus colegas.

CURSO SUPERIOR

O curso superior só servirá para promoções por merecimento desde que comprovado ou testado regularmente.

LEMA COMPORTAMENTAL

O policial deverá ser ensinado a ser um “escravo das leis e dos regulamentos” e... Nunca! Dos homens.

LEI ORGÂNICA

Elaborar uma lei orgânica única onde haja direitos, deveres, prêmios e castigos para todos os policiais.

HOSPITAIS E CASAS DE SAÚDE

Acabar com os hospitais e casas de saúde ditas dos policiais, o Estado fará convênios com os nosocômios particulares e os policiais serão atendidos apenas com a apresentação da carteira de identidade e o último contracheque e/ou, se for o caso, uma carteira dos seus dependentes.

PORTE E POSSE DE ARMA

Todo policial deverá receber uma arma de fogo e munição, podendo trazê-los consigo, mesmo em seus horários de folga, em determinado tempo, o seu superior imediato fará uma vistoria na arma e o policial será responsabilizado por dano ou o extravio dela fora do seu horário de trabalho.

Justifico: é lamentável ver um policial prender um marginal e depois do serviço feito ser interpelado por colegas do desajustado ou seus familiares estando desarmado por ter deixado a arma na seção ou posto onde trabalhara naquele dia. Se o Estado fornece prédios, viaturas, alimentação de presos etc. pode muito bem dar ou facilitar a compra de uma arma de posse efetiva para o seu funcionário, ao em vez de obrigá-lo a deixar a arma num escaninho frio no local onde trabalha à espera do seu retorno, às vezes, como... Cadáver!

ELIMINAR A CONTINÊNCIA FORMAL

Elaborar estudos para acabar com a “continência” que nasceu de uma homenagem prestada a uma rainha e, na PM se estendeu para “atitude, gesto e duração”, passando os “unificados” a se cumprimentarem respeitosamente ou amigavelmente como o fazem os cidadãos educados.

Observação: às variáveis permitidas pelos dedos das mãos poderão ser usadas como um código ao ocorrer o cumprimento, por exemplo: se um policial for cumprimentar ao outro e sabendo que está sendo seguido por alguém, poderá dizer: boa noite! E, ao mesmo tempo, imperceptivelmente para os demais ao redor, unir o dedo mínimo ao polegar, prosseguindo no seu itinerário na certeza de que o colega por ele cumprimentado estará, a partir daí, seguindo ao seu perseguidor! E, inúmeros outros códigos ou sinais de dedos, desde que padronizados e bem lhes ensinado para evitar mal entendido.

SERVIÇOS ESPECIAIS

Modificar as estruturas das PM2, P2, Coseg, Corregedorias e análogos, em prol da missão principal de combate ao crime, os componentes de tais grupos deverão ser aproveitados nas delegacias ou postos policiais com a missão especial de atualizarem fichários dos suspeitos e dos criminosos para serem consultados, diariamente, no início de cada turno policial. Observação: não vejo a razão de um policial que deverá ser “bom” estar vigiando um seu colega igualmente “bom” ou, “menos bom”; com os policiais, com a nova modalidade de sentimento de classe, a disciplina estando enraizada e a socialização inserida neles, os “maus” acabarão sendo afastados pelos próprios colegas, com a comunicação de deslizes sendo feita a cada responsável da delegacia ou posto, isso não é “delatar” e, sim, padronizar e lapidar o meio para à sua sobrevivência como filtro ou muralha da sociedade.

DISTRITO POLICIAL

Para evitar sentimento exacerbado de algum oficial trabalhando numa delegacia, que é um vocábulo referente a delegado, o nome dela poderá ser mudado para Distrito Policial, que também não é nome estranho para a população.

UNIFICAÇÃO EM PROL DO CIDADÃO

Aproveitar-se do fato das “duas polícias” Mineiras serem as melhores do Brasil, destarte, praticar a contextura unificando-as para o bem da população e da própria polícia com a meta primordial do desmantelamento das quadrilhas e bandos criminosos, os confinando à uma penitenciária resultando no livre trânsito dos homens honestos, atualmente, praticamente confinados em seus lares cercados de barras de ferro que, para os bandidos, são de ...isopor!

Feita a unificação, às duas anteriores polícias deixarão de ser raízes e caules para fazerem parte do “todo” em favor de “todos” os cidadões, também não mais serão um “termômetro que mede o grau de civilização de um povo” para se transformarem em uma muralha-filtro divisor das águas turvas! Sem eliminar o criminoso e, sim ... O crime! Quanto aos delinqüentes, os “novos policiais unidos” os passarão pelo filtro, se forem recuperáveis irão para às “águas plácidas e cristalinas”, caso contrário, a “muralha” os retornarão às “águas turvas” de onde serão “pescados” quantas vezes cometerem crimes.

SOBRE A IMPRENSA

Com a unificação concretizada das polícias, o dirigente dela deverá manter contato estreito e amigável com os diretores do “quarto poder” visando uma norma a ser dada aos repórteres da imprensa falada, escrita e televisiva no sentido de que eles parem de pressionar aos policiais com perguntas de fundo sensacionalistas, todavia, com segundas intenções de colocarem mal aos entrevistados que, igual aos repórteres, também está trabalhando.

Os repórteres, com a exceção que confirma a regra, quando vão entrevistar pessoas importantes em todas as facetas do cenário nacional não os pressionam, pelo contrário, às vezes, o entrevistado fica sabendo antes do que lhe será inquirido, porém, usam “dois pesos para uma só medida” entrevistando os policiais no “calor” dos acontecimentos e, pior! fazendo comentários desairosos ao término da entrevista, às vezes, desvirtuando o que recebeu de informação, com isso, estão prestando um desserviço à segurança pública e dando ensejo aos marginais de fazerem observações hilariantes à respeito do assunto tratado, bem como, colocando em má situação a polícia ante a sociedade, essa nem sempre tem a capacidade de assimilar e mesmo entender tudo o que foi dito pelo policial, só se atendo e acreditando na opinião desairosa final do entrevistador.

Caso o contato com o responsável pela empresa de comunicação não estiver funcionando bem ou dando certo, que o dirigente policial determine que, em cada grupo de policiais em determinado trabalho tenha sempre um policial mais arguto e mais capacitado para falar pelos demais, inclusive, discordando do repórter quando a pergunta for má intencionada. Tudo isso ocorrendo no “calor da entrevista” o que fará com que o entrevistador não possa, depois, fazer comentários “picantes” e mentirosos sob pena de perder a credibilidade com o seu público, razão de ser da sua existência profissional.

É comum vermos na imprensa em geral fisionomias de autoridades e agentes policiais bem como às suas fotos, tudo isso “escrachados” para o público, quando cometem um delito, deslize e até gafes, mas... Os bandidos em geral tampam os seus rostos e fogem das câmaras e microfones: os valores estão trocados! É o tipo físico dos marginais e às suas fisionomias que deveriam ser mostrados para, no mínimo, a população ver o seu rosto e poder, depois, os denunciarem quando cometerem crimes ou, então, fugir da proximidade deles. Da forma em que vem ocorrendo, eles comente crimes, passam como desconhecidos para o público e, na próxima esquina, após serem soltos, misturar-se-ão com os cidadões honestos como se fosse um deles.

PASSE LIVRE

Com a unificação, o DETRAN e os seus anexos passarão a pertencer ao grupo reunido, dessa forma, acabará o disparate da administração de trânsito ser do Detran e o policiamento que fiscaliza, dirige e orienta o trânsito, ser de outra organização (PM).

É comum vermos principalmente nas capitais e em cidades de maior densidade populacional os coletivos trafegando superlotados de passageiros além da capacidade prevista para os ônibus, a comissão que planejar a unificação deverá manter conversações no sentido de que os policiais ficarem isentos de pagar passagens nos coletivos urbanos, para tanto, apenas apresentando à sua cédula de identidade funcional, isso não ocasionará maiores prejuízos financeiros para as empresas de ônibus se considerarmos que, no máximo, eles farão parte daquele acréscimo da superlotação que acaba por dar muito lucro aos concessionários de tal serviço, além disso, terão uma maior segurança em seus coletivos sem pagar nada extra pela cooperação e, ao mesmo tempo, estarão cooperando para a diminuição de uma pequena parcela de gastos por parte dos policiais.

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Devo pedir escusa por ter sido muito prolixo e repetitivo, porém, o justifico pela importância e complexidade do tema, acho que devo terminar, porque, se aceitarem integralmente às minhas sugestões, poderemos cair no “risco” de estarmos formando e unificando policiais para trabalharem no paraíso, o que não condiz com a situação atual estampada em cada esquina de nossos aglomerados humanos por culpa de todos nós! e não somente dos profissionais da segurança pública como muitos deixam transparecer de forma errônea nos seus julgamentos precipitados.

Finalizando, devo dizer que, nem sempre a erudição nos dá a educação, a disciplina, e a modernidade má direcionada não nos tem dado o conforto, porém, a unificação das polícias, sendo bem feita, nos dará uma melhor... Segurança!

Para justificar, mais uma vez, a prolixidade textual das minhas sugestões, cito dois provérbios de minha modesta autoria:

A força dos mares e oceanos está na conjunção das suas gotas d’água, volatilizando-as ou às dispersando, os transformaremos num .... Deserto!

Dispensar às idéias, por mais simples que se apresentem, é tornar árido um vergel, ou... Alagar os areais do oponente que acatá-las no restolho da dispersão da opinião expressa!

(aa.)Sebastião Antônio BARACHO

Coronel Fabriciano-l2/05/2 002.

Vale do Aço.

conanbaracho@uol.com.br

Sebastião Antônio Baracho Baracho
Enviado por Sebastião Antônio Baracho Baracho em 17/01/2007
Código do texto: T349977