O STF E O MASSACRE DE KATHYN

No Tribunal de Nuremberg, o Exército Vermelho atribuiu ao exército alemão o Massacre de Kathyn ou Massacre da Floresta de Kathyn (execução em massa de cerca de 5.550 poloneses prisioneiros de guerra, cidadãos comuns [civis integrantes da intelectualidade polonesa - professores, artistas, pesquisadores etc.], policiais e oficiais, entre abril e maio de 1940, após rendição da Polônia à Alemanha Nazista).

Os alemães convocaram especialistas de países neutros e esses comprovaram que os autores foram os soviéticos. Porém, durante o julgamento dos alemães em Nuremberg, o laudo pericial neutro foi recusado e a culpa recaiu sobre os nazistas.

A União Soviética continuou a negar responsabilidade sobre os massacres até 1990, quando o governo Gorbachev oficialmente reconheceu e condenou esse e outros crimes assemelhados (mais de 22.000 prisioneiros poloneses foram executados - 21.768 já foram identificados) . Em 1991 Boris Yeltsin trouxe a público os documentos datados de meio século antes que autorizavam o genocídio.

O que vale aqui não é redimir o Nazismo de seus crimes, mas demonstrar como se comportam, mesmo sendo às vezes divergentes (no caso soviéticos e americanos) composições predominantes constituindo Tribunais de Exceção. Como os nazistas eram mesmo os 'bodes expiatórios' de toda a Segunda Guerra, nada mais fácil do que imputar quaisquer crimes a eles, mesmo que não houvessem provas ou, pior, com laudos inocentando-os.

De fato, o dito Massacre de Katyn foi perpretado na floresta de Katyn na Rússia e em prisões de Kalinin, Kharkov e lugares próximos pela organização soviética NKVD (Comissariado do Povo para Assuntos Internos), comandada por Lavrently Beria sendo o genocídio aprovado em documento oficial pelo líder soviético Josef Stalin e o Politburo.

"Permitir uma injustiça significa abrir o caminho para todas que a seguem." Willy Brandt