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Funciona assim: de todos os exames de ordem, há sempre um que exige muito mais que os demais. A coisa toda fica mais interessante quando o tal exame é o último do ano. Após uma média baixíssima de aprovação, os "estudantes", sem pestanejar, recorrem ao ensino "especializado" dos cursinhos. Quando chega o momento da nova tentativa, o aluno "preparado", responde a questões que nem de longe lembram aquelas da última "prova da morte", aquela mesma que rendeu-lhe o status de reprovado. Então, ele passa sem maiores dificuldades pelas duas fases e, se torna "doutor".

A má notícia é que a maioria das "queridas" pessoas acha que se formar no Uniclube, ser aprovado no exame de ordem e se tornar "concurseiro," são as coisas mais admiráveis do mundo. Tudo bem, é um país livre. Porém, quando a aprovação na OAB vem depois de horas e horas gastas com a assimilação das videoaulas, no Damásio, no LFG, no Saraiva e etc., o "candidato" (tão bonzinho) é o primeiro a atribuir sua vitória à "incrível preparação" que cursinho lhe proporcionou. Assim, agradece aos responsáveis pelo seu primeiro fracasso, eu irei esclarecer porquê.

Eles são uma gangue, isso mesmo: donos de faculdades particulares, donos de cursinho e “donos” da Ordem. As faculdades particulares contribuem com um ensino débil, pautado pelos parâmetros do teatro, professor finge que ensina, aluno finge que aprende. Aí entram os cursinhos, com seus renomados funcionários mastigando a matéria e ensinando, surpreendentemente, apenas, “aquilo que irá cair”, já que, está tudo esquematizado com a OAB que lhes dá acesso prévio às questões.

Tudo bem tranquilo, simples e fácil.

Paro por aqui. Daqui a pouco é hora de você ir para o cursinho, e eu, não quero atrapalhar seus “estudos”.

Jefferson Flauzino
Enviado por Jefferson Flauzino em 22/01/2013
Código do texto: T4098646
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