Viés obscurantista

A atitude obscurantista caracteriza-se pela não utilização da razão na busca de soluções para problemas humanos. Temos vários exemplos de obscurantismos, como a queima de livros no incêndio da biblioteca de Alexandria, tema de um dos carros alegóricos da escola de samba Unidos da Tijuca, no carnaval do Rio de Janeiro de 2010.

Muitos pensadores e cientistas sofreram com o viés obscurantista:

De Galileu Galilei a Salman Rushdie, passando por

Martinho Lutero, Dante, Nostradamus, Voltaire e tantos outros, a história se repete: Inquisição, Índex, queima de livros, perseguição e morte em nome de Deus.

Um religioso guiado pelos Mandamentos é, antes de tudo, uma pessoa que segue um código ético-moral por dever. O nome já diz tudo: não se trata de sugestões para a vida, sim, de ordens- mandamentos.

O Deus judaico-cristão não pede, ele manda. Ele pode mandar ; como no velho Testamento, ou por amor, como no novo, mas manda. Sua autoridade para mandar vem, no velho testamento, dele próprio-ele falou o que era o correto para o povo judeu e, enfim, depois, por meio deste, para o homem em geral.

No novo testamento, Deus se transformou em pai e, então, reordenou alguns princípios, repostos pelo discurso de Jesus. Nesse caso, ele falou o que era correto para os judeus e sua autoridade passou a vir da ideia de que ; o amor é a única lei;. Nos dois casos, o código moral a ser seguido é, antes de tudo, um conjunto normativo que seguimos porque devemos seguir.

Para Immanuel Kant, uma norma deveria ganhar valor moral caso

pudesse ser identificada como um imperativo - o chamado imperativo categórico, assim posto:

- ”Atue somente de acordo com a máxima que pode ser tomada como que deveria ser uma lei universal, ao mesmo tempo que se está agindo”.

Essa lei depende de um “fato razão: - a liberdade.

Para David Hume, “a parede da sala é branca” é uma frase factual enquanto que “a parede é horrível” é uma frase valorativa.

Ora, a posição naturalista em metaética diz que tudo que é próprio do homem é fato-um fato de; natureza; humana;. Sendo um fato de natureza humana pode, então, ser tido como normal e indicado como o que deve ser aceito, afinal, quem estaria autorizado a mudar a natureza humana?

Para Karl R Popper, enquanto historicamente outros definem&; sociedade fechada e ; sociedade aberta, em parte, as condições da sociedade medieval, moderna e contemporânea, respectivamente, a sociedade de Popper é presidida pelos princípios da razão; podemos então dizer que racionalismo é uma atitude de disposição a ouvir argumentos críticos e a aprender da experiência.

É fundamentalmente um atitude de admitir que “eu posso estar errado e vós podeis estar certos, e, por um esforço, poderemos aproximarmos da verdade ” . (POPPER apud ROCHA,2002,p.94)

Lucas de Arcanjo
Enviado por Lucas de Arcanjo em 31/07/2013
Reeditado em 31/07/2013
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