Dr. Francisco Mello, (66)96892292, Advogado Criminal, Criminalista, Penalista, Rondonópolis, Mato Grosso, Centro Oeste, Brasil. Direito Penal, Direito Processual Penal, Direito Ambiental, Advogado Ambientalista. Artigo: PEDÁGIO, PARADA INDIGESTA

De São Paulo à Santos um caminhoneiro gasta R$120,00 de combustível e R$ 400,00 de pedágio. A cobrança de eixo suspenso nos pedágios é um absurdo. Como pode cobrar por um eixo que não provoca atrito no solo nem desgaste ao asfalto?

O melhor negócio do mundo é explorar pedágio. O agronegócio gera R$ 14.000,000,000,00 (catorze bilhões de lucro) ao passo que o setor de pedágio gera R$ 40.000,000,000,00 (quarenta bilhões) sem nenhuma dor de cabeça. Recebem à vista, não tem risco de inadimplência, já recebem a rodovia pronta, bastando manter a sinalização, pintar as faixas, tapar os buracos e roçar as margens.

É por essas e outras que o Ministério dos Transportes, e seus Departamentos são tão disputados por políticos e partidos de todas as cores. Além dos superfaturamentos vergonhosos para duplicações de BR, ferrovias, construções de Pontes etc..., criam esses pedágios que mais parecem organizações criminosas do que prestadoras de serviços eficientes à população. Dizem que o mal é sempre bem organizado. Dar pra perceber.

Perguntem a um caminhoneiro quantos dias ele gasta para ir de Rondonópolis à Santarém. Ele vai explicar que são 7 dias as vezes, e informará, que ao chegar em Rurópolis, onde o diabo perdeu as botas a BR 163 desemboca numa porqueira chamada Transamazônica. Logo tu encontrarás um inferninho chamado “30” (é onde o Diabo achou as botas), e bota prostituição e estrada de chão nisso. É nessas bandas que conseguirás dicas como acessar ao Porto de Tapajós, e a melhor maneira de chegar em Santarém, Altamira e Marabá. Tudo muito precário. Para parar no Pará é uma parada indigesta. Os pontos de apoios estão a mil km distante um do outro.

Publicam em rádios, televisões, jornais etc..., que o mar está calmo e tudo está bem em relação às estradas Estaduais e as BR – Federais - naturalmente. Só quem não se bota na estrada, por exemplo, no trecho Rondonópolis – Jaciara, no qual se gasta às vezes 3 horas para se percorrer 90 km, é que acredita numa balela destas. Não são criminosos apenas os de colarinhos pretos. Que o MP, fiscalize esse setor.

Tenho dito.

Dr. Francisco Mello – Advogado Criminalista e professor de carreira.

drfranciscomello@terra.com.br – (66)96892292.