O REFLEXO DA... AGULHA! (TEXTO)

O REFLEXO DA... AGULHA!

(TEXTO)

Todo criminoso trás inserido em si mesmo os resquícios do mal praticado, ainda que ele tenha sido elaborado às escondidas.

Nada permanecerá eternamente nas trevas, entretanto, é necessário um “emissor” para dirigir a “luz” ao ponto recôndito em que o autor, ou autores, de crimes tentam se esconder disfarçando-se na clandestinidade para tentarem ficar impunes.

A mente humana é um emaranhado de coletâneas de indícios levados a ela por quem tem a função, oficial ou não, de investigar... Sobrecarregá-la! Poderá causar um embaralhamento e até um “curto-circuito” que em nada irá ajudar na seleção imprescindível das provas, suspeições e investigações ali aglutinadas.

Sem uma triagem fundamentada, ocorrerá a repetição errônea dos conhecimentos amealhados, que poderão fazer surgir várias frentes e prolongamentos direcionais sem, no entanto, tomarem a direção exata da autoria dos delitos.

Somados a esses meandros estão às ordens emanadas de outras mentes, os hábitos, nem sempre salutares, às subordinações, às vezes contenciosas e, muitas das vezes discordantes, o orgulho de saber tudo quase nada sabendo e outras contradições que se entre devoram com o “ser” que, mentalmente, quer descortinar a autoria de um ou de mais crimes.

Muito embora a polícia seja “um termômetro que mede o grau de civilização de um povo”, às vezes, do meio desse povo, nascido e vivendo num grotão a garimpar pequenos diamantes, surge, observando nas formações da bateia ou da peneira, entre os gorgulhos, areias, terras e água, um “ente” que, de tanto chacoalhar retirando os entulhos e objetos dispensáveis, chega aos diamantes OU... À descoberta de crimes... Vitorioso!

A sua formação no garimpo, diuturnamente, lhe sugestionou a mente e o comportamento, sempre burilado para chegar às gemas preciosas. É uma forma de investigar, eliminando, sem discriminar os dejetos que, no caso, não são dispensáveis por se tratarem de avisos da proximidade, ou não, das pedras preciosas ou... Da elucidação dos homicídios ou de outros crimes!

O Homem, enquanto material, veio da Terra!

O diamante é originário do carvão!

As boas idéias formadoras dos enredos vêm da nossa mente, contudo, um longo caminho elas têm a percorrer para chegarem claras, convincentes e verdadeiras, para difundirem a sua luminosidade como uma benesse para os opacos ou menos capazes, quando os transformam pelo exemplo e os reflexos emitidos pelo “emissor” àqueles irmãos de jornada.

A maior dificuldade de percurso até o florir das idéias está exatamente nos percalços do “caminho” até a délivrance final.

Se o emissor se deixar macular na “estrada” pelos acenos das margens torpes, só poderá luzir imagens retorcidas e desfocalizadas em desfavor do bem comum.

Se ele, pelo contrário, negacear fugindo das tentações e sugestões maléficas sem desprezá-las, entretanto, aprendendo e apreendendo com cada erro observado no itinerário e seguindo em frente, no final, à sua “luz” será radiante e o seu sucesso sempre estará à sua espera na “linha de chegada” da meta por ele proposta.

Praticar o “Bem” é muitas vezes mais fácil do que navegar ao redor e mesmo no centro do “Mal”, a diferença é apenas comportamental, onde o Mal faz acenos de lucro fácil, enquanto, o Bem, nada promete a não ser ao término da “viagem”, no entanto, a cada passo dado pelo íntegro, lhe é creditado valores morais e espirituais que lhe servirão de arrimo e passaporte para a “fronteira final”.

A prática do Mal é fecunda por um determinado tempo da nossa curta existência terrena, contudo, o seu custeio é exorbitante! Chegando à maioria das vezes a ultrapassar o lucro facilitado, tornando-o obsoleto e inviável pelas chantagens, crimes, explorações pessoais, subornos etc.

Com o Bem acontece o contrário, ele é uma resultante das ações meritórias praticadas e que lhe dão alento inimaginável para prosseguir na “caminhada” em direção do cais da perfeição, mesmo atravessando as vias rápidas dos depravados, ora, nas auto estradas do conhecimento, ora, nas vicinais do sofrimento, contudo, sempre aprendendo sem imiscuir-se com os maus exemplos. Ao final, tal e qual um bambual que, vergado pelo vendaval, retorna à posição ereta na bonança, enquanto, ao seu lado, o Mal é como um jacarandá que se esfacela e quebra ao meio sem ter como se reerguer depois da tempestade.

(aa.) Sebastião Antônio BARACHO.

conanbaracho@uol.com.br

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Sebastião Antônio Baracho Baracho
Enviado por Sebastião Antônio Baracho Baracho em 26/06/2007
Código do texto: T541755