"A auto-defesa...".

Esta história se passa há alguns de um passado distante quando, certo dia, Armando , morador do bairro do Ipanema, um advogado de sucesso, resolve passar o fim de semana em sua fazenda.

Assim pensa, assim o faz... Toma o elevador no décimo segundo andar do prédio, adentra à garagem, liga o Porsche , placas AOA 0403, do Rio de Janeiro (cidade), desce a Rua Farme de Amoedo, trefaga por diversas outras, e, já em Copacabana desce a Avenida Nossa Senhora de Copacabana, atravessa o túnel sob o morro do Pavão, e, em segundos, se encontra no Aterro do Flamengo.

Bem, depois de beber um café com leite e comer pão com manteiga, na Praça XV de Novembro, passando pelos dezesseis quilômetros da Avenida Brasil, Armando adentra à Rodovia Washington Luiz, acessa a Rio / Teresópolis e, feliz da vida, segue viagem .

Demais disso, são dez horas da manhã, quase quatro que Armando saíra de Ipanema, e, aproximando-se de [Porto Novo do Cunha] é, instintivamente, parado pela Políicia Rodoviária Federal, pois está dirigindo à [220] quilômtros horários onde a velocidade máxima permitida é de [100] quilômetros horários.

Vai começa a tormenta do interrogatório...

Geraldo, o policial pergunta:... - [Posso ver a sua habilitação, meu caro?].

Armando retruca:... - [Que habilitação, cara? Eu não tenho habilitação, foi cassada na última blitz por eu ter ultrapassado o limite de pontos negativos.].

Geraldo, o policial se surpreende... - [O que, você não tem habilitação?].

Vamos lá... - Posso examinar os documentos do carro?

Complicado... - [Não tenho documentos do carro, ele é roubado!].

Geraldo se surpreende novamente... - [Como disse? O carro não é seu? Roubou essa merda onde?].

Armando (Oliveira Carvalho) observa:... - [Aliás, pensando melhor, me lembro de que, ao guardar o Taurus, calibre [38] no porta-luvas, vi uma pasta; os documentos do carro devem estar lá.].

O policial interfere:... - [Que brincadeira é esta? Você tem uma arma no porta-luvas? Claro, cacete! Para roubar o carro não tive outro alternativo, outro remédio, sei lá. Matei a dona e coloquei o corpo no porta-malas.].

Geraldo, o policial, ficou desesperado com a situação inusitada, e, pediu:... - [Aguarde um minuto, necessito chamar o chefe; tenho que lhe prender.].

Geraldo chamou ao Capitão Alcebíades e relatou todos os detalhes pelo rádio.

Alcebíades compareceu com Antunes, Parreira e Antonello, três soldados em um carro e, com as armas engatilhadas, exigem que Armando (Oliveira Carvalho) saia do automóvel.

Alcebíades, o Capitão, sob os olhares atentos dos demais soldados e de Geraldo que era cabo, procede ao mesmo ritual:... - [Posso ver a sua Carta de Habilitação?].

Armando concorda:... - [Claro, aqui está!].

Alcebíades, o Capitão continua:... - [O automóvel é seu?].

Armando, de pronto, esclarece:... - [Eis os documentos.].

O Capitão Alcebíades sugere:... - [Mais uma coisa; abra o seu porta-luvas.].

Armando (Oliveira Carvalho) abre... - [Está vazio!].

O policial argumenta:... - [Para terminar... - posso ver o porta-malas?].

Atendido; Alcebíades escapa:... - [Não entendo, o cabo que lhe atendeu me informa que o senhor não tem habilitação, havia roubado o carro, matado a sua dona, colocado o corpo no porta-malas, além de ter um Taurus [38] no porta-luvas!].

Vai ter início a defesa...

Armando (Oliveira Carvalho) está incurso nos artigos 121 - assassinato doloso, 155 - roubo, 157 - assalto à mão armada, além de agravantes, ainda que seja réu primário...

Armando (Oliveira Carvalho) começa a promover a sua própria defesa:... - [Que grande artista e mentiroso é o Cabo Geraldo! Aposto que para se promover; ele disse, também, além dessas calúnias que eu vinha trafegando à duzentos quilômetros por horas...

Alcebíades não tem outro recurso, e, observa:... - [Desculpe-me por este equívoco! Siga o seu caminho!

YOSEPH YOMSHYSHY
Enviado por YOSEPH YOMSHYSHY em 10/03/2008
Reeditado em 11/03/2008
Código do texto: T895137
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