Por que há o deturpamento do Direito e seus operadores pela sociedade?

Depois de acompanhar alguns casos jurídicos pela TV, confesso que me senti absolutamente envergonhada, primeiro pela sociedade que participo e segundo pelo conteúdo absolutamente apelativo da mídia em torno de tragédias, não da classe média - como dizem alguns - contudo, de tragédias humanas.

Essas desventuras existente, como relatado pela história e outras ciências, já nas sociedades mais primitivas não deixam jamais de chocar toda a comunidade. Entretanto, venho análisando de forma perspicas e posso acreditar que o comodismo instalado tem feito muito interessante culpa por bábaries o nosso sistema prisional, os magistrados e operadores do Direito em geral.

E venho com veemência em defesa desses, pois se há falha em nossas leis, há que se culpa o Poder Legislativo que por interesses diversos nada faz a respeito e procrastina mudanças, não só em relação ao sistema prisional e legislação penal, mas em relação à muitos outros temas controversos. O poder judiciário, nada pode fazer a não ser aplicar com justeza as leis, não é possível ao juiz atrasar ou adiantar um processo e isso deve ficar esclarecido de uma vez por todas, nós vivemos em um país arraigado em diversas burocrácias, atolamos nossa dignidade em papéis, e com tudo isso nos satisfazemos culpando o mais óbvio.

Essa falsa idéia é ainda reforçada pelos jornalecos, que tornam a cada dia milhões de pessoas em massa de manobra, recebedores de butijas de gás e dentaduras. Críticam a Magistratura, o Ministério Público, contudo, omitem empréstimos milionários que fazem à orgãos públicos, entre diversas negociatas e acordos vantajosos de publicidade.

A violência desmedida, não se dá pela demora processual, ou por causa do Código Penal pouco punitivo, na concepção de muitos. Ela acontece por causa de um descrédito na célula principal da sociedade, a família, se dá por pais que ensinam aos seus filhos como eles devem ser apenas frios e competitivos e em como devem tirar do seu caminho tudo aquilo que os incomoda, se dá pela falência da disciplina e dos limites, pela pobreza que alimenta a políticagem, pela falta de educação que nos faz iguais em oportunidades, sem precisar que seja necessário bolsa ou assistencialismo de qualquer espécie, se dá pela desatenção à Deus.

A insensibilidade e a covardia, o regime de amoralidade que está vigendo, sim, devem ser combatidos e críticas que são sempre bem-vindas em todos os aspectos, devem ser feitas, porém através de reflexão e racionalidade. Não me convecerei por nada que seja contrário a tal comportamento, e muito felizmente acredito que outros como eu compactuam e apoiam uma sociedade equílibrada e justa, baseada no respeito e bondade.