Imagem: serve o gato de botas em cima do burrico risonho? Foi o que encontrei no Google...


Alegrias que Deus me dá.

Essa é uma das parcerias que me enche de prazer e alegria. A Querida Mariza Brasil, poetisa conceituada, trilingue, Aposentada da Casa de Rio Branco, (Ministério das Relações Exteriores), o pai da diplomacia, onde trabalhei por um ano e meio.

Como o diplomata Guimarães Rosa, Mariza não tem nenhum problema em falar à maneira do homem do sertão.

Eu te agradeço por sua amizade querida poetisa. Eu já disse que quando eu crescer quero escrever como você. Este texto está publicado no blog da querida poetisa, quem quiser visitá-la basta acessar: http://mariza-brasil.zip.net/

Beijos de carinho e admiração.

Hull

***

Pueirão

(Mariza Brazil)

Belezura di velsus, cumádi Craraluna!
Xegô a batucá fundu nu meu corasão…
Alembrei das lágrima di um amô
qui veju nu meiu du p
ueirão.

Vivi tumbeim um amô ansim
quandu mosinha eu era nu arraiá.
Ele casô cum ôtra,
mais num deixô di mi amá.

Na quebrada da istrada di terra
eu veju ele cavargá
nu Alasão mistizadu, mais sabidu
pru modi qui sabi dondi mi incuntrá.

Sabi, cumádi, quandu ficu tristonha
isperu na porteira ele passá
cavargandu nu Alasão
i meu zôios fica a pricurá

us zóio dele pra eu inchergá
a luz qui brilha du sêu ôiá
quandu ele paça na istrada
i u pueirão fica nossu zôios imbassá

ô siria a vuntade imenza di fugi
cum u amô qui tá du ladu di lá
pra nas noite vasias nóis num ficá
in pensamentu un cum ôtru a cavargá.

Chicago, 3.07.08
Direitos autorais registrados.
Para a minha querida amiga Bella (Claraluna), em resposta à trova publicada no RL sob número T1061697.

Velsinho du caboclu du Alazão


(Di minha quirida cumádi Craraluna)

Quano eu ti cunheci
Na bêra do riachão,
Parado eu permaneci
No lombo do alazão.

A manhã insolarada,
O cantá dos passarinhu,
Tua beleza, minha amada,
Mi feiz ti amá cum carinhu.

Cum zóio nóis si amemus,
Cum ternura e devoção,
Quele momento guardemu,
Pra sempre no coração.

Nóis vivemu separadu
Mais se amandu pra valê
No meu peitu tá guardado,
Essi amô inté morrê.

Minha linda Mariza, poetisa talentosa,
deixo-te os "velso do cabloco do alazão,
o eternu enamurado
de Chiquinha do Riachão.

Em 7/07/2008 - 9h13

Direitos autorais de Claraluna 

Qui velsus mais lindu, cumádi quirida! Carecia não tanta emosão e agora meus óios istão alagadu pur causa da sua afeisão. Muitu brigada di todu meu corasão!

 Mariza Brasil.

Meu zóios num chorum prumodi a sindrome de Sjögren, mas eu tô emocionada prumidi essa parceria. 
Que Deus a abençoe, cumadi.
Hull


***


Transcrevo também os versos deixados pela poetisa Milla Pereira.
Vejam que graça:

As lágrima si iscorrêru
Dos meus zóio já cansado
Di sódadi si perdêru
Dus prantu assiguradu.

É sódadi di Mariza
Qui nunca mais vêi aqui.
di quê nóis mais pricisa
Si
 não du amô sinti!?

Coração qui sabi amá
Muita tristeza sintiu.
Mais um bêju eu vô dexá
Procê, Marisa Brazil! 

Milla Pereira

Hull de La Fuente
Enviado por Hull de La Fuente em 13/07/2008
Reeditado em 15/07/2008
Código do texto: T1078293
Classificação de conteúdo: seguro