1931-(I) TROVAS DOS PATRONOS DA ACADEMIA MINEIRA DE TROVAS (Cadeiras 21 a 26) –(Parte 20-I)-Entrevistada: Sílvia Araújo Motta

1931-(I) TROVAS DOS PATRONOS DA ACADEMIA MINEIRA DE TROVAS

(Cadeiras 21 a 26) –(Parte 20-I)-Entrevistada: Sílvia Araújo Motta

CADEIRA*21-PATRONO NA

ACADEMIA MINEIRA DE TROVAS/BH/MG/BRASIL:

21-ROCHA RAMOS

Na vida, quem quer brilhar

Enfrenta estrada de espinho:

Nem sempre ao melhor lugar

Nos leva o melhor caminho.

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CADEIRA*22-PATRONO NA

ACADEMIA MINEIRA DE TROVAS/BH/MG/BRASIL:

22-JORGE BELTRÃO

Que tristeza vem do amor

quando nosso coração,

reza, em lágrimas de dor,

a prece da ingratidão.

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CADEIRA*23-PATRONO NA

ACADEMIA MINEIRA DE TROVAS/BH/MG/BRASIL:

23-JOSÉ VALERIANO RODRIGUES

O tempo de uma saudade

não tem exata medida

e parece a eternidade

dentro do tempo da vida.

A mentira vai depressa

e a verdade - devagar,

mas esta vai e regressa

e aquela...teme voltar.

Tem ideal mais profundo

quem, nesta vida, a cha o dom

de poder tirar do mundo

somente aquilo que é bom.

Embora de haste cortada

ainda perfuma a flor,

tal qual a TROVA falada

quando é morte o Trovador.

Essa distância que existe

separando os homens faz,

a humanidade mais triste

dentro de um mundo sem paz.

Ao ver a mãe que se entrega

a seu filho, com desvelo,

dobro o louvor à mãe cega

que o acalanta sem vê-lo.

Planta uma árvore e repara

o exemplo que ela oferece:

vai dar fruto à mão avara

e sombra a quem não merece.

Vi a lua refletida

nos olhos da minha amada

era uma lua tremida

numa lágrima rolada.

Esperança- bem que o pobre

não pode nunca perder.

é com ela que descobre

o mistério dxe viver.

Para o encontro da esperança

eu procuro, num segundo,

ser apenas a criança

que acreditava no mundo.

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CADEIRA*24-PATRONO NA

ACADEMIA MINEIRA DE TROVAS/BH/MG/BRASIL:

24-ZENÍLIA PAIXÃO

De nosso encontro marcado

não sei o que mais errou;

se quem chegou atrasado,

ou quem nem tarde tarde chegou.

Uma estrela cintilante,

para chamar a atenção,

pôs um colar de brilhante]

e virou constelação.

O luar da minha infância

ficou na minha saudade;

quanto maior a distância,

mais intensa a claridade.

Toda a humana inteligência

em estrutura e grandeza,

resplandece n aopulência

que há na Língua Portuguesa.

Se jamais tive a ventura

de uma afeição verdadeira,

um momento de ternura

valeu-me a existência inteira.

A lua, mulher formosa,

espera a noite chegar,

pra mirar-se presunçosa

no espelho verde do mar.

Passou a felicidade

e também a desventura.

só não passou a saudade

dos momentos de ternura

No mar azul dos teus olhos

-Esse remanso profundo-

Afoguei os meus abrolhos

e reflori neste mundo.

Clareando toda a mata

o luar de minha terra

é como um manto de prata

nos ombros negros da serra.

Algo de grande acontece,

quando surge uma esperança;

transforma o lamento em prece

e a alma se faz criança.

É suave a voz do sino,

anunciando o natal;

que nos traga o Deus-Menino

uma paz universal

Muito alegre descobri

depois de tanto sofrer

-Se tivesse o que perdi

pior seria meu viver.

Martírio é o preço da glória,

que nos legou Turadentes;

valor máximo da História

dos Heróis Inconfidentes.

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CADEIRA*25-PATRONO NA

ACADEMIA MINEIRA DE TROVAS/BH/MG/BRASIL:

25-JOÃO MACIEL DE OLIVEIRA

[...]

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CADEIRA*26-PATRONO NA

ACADEMIA MINEIRA DE TROVAS/BH/MG/BRASIL:

26-GRAZIELLA LÍDIA MONTEIRO

No meu poema de amor,

Trova é curto telegrama:

encerra todo calor,

não fala muito quem ama...

Na esperança que se adia,

eu luto nem sei porquê...

Minha vida mais vazia...

Por onde anda você?

Um mundo de reticências,

foi teu amor, minha Amada,

palavras sem conseqüências:

mas...porém...contudo...nada!

Na madrugada indormida

juntei ternura aos pedaços,

cada remendo da vida,

tinha linha de teus traços.

Fraternidade sugere,

amor que tudo perdoa:

a palavra que não fere,

o gesto que não magoa.

Solteirona, a infeliz,

viu sua casa assaltada,

ladrão levou o que quis,

menos a pobre coitada!

Tire a luz dos olhos meus,

até mesmo a mocidade,

leve meus sonhos, meu Deus,

mas me deixe a liberdade.

És o meu verso primeiro,

rima eterna de harmonia,

vou de janeiro a janeiro,

te bendizendo Maria,

Os descontentes da sorte,

vivem em queixa sentida,

mas quando é chegada a morte,

pedem mais tempo de vida.

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Silvia Araujo Motta
Enviado por Silvia Araujo Motta em 08/09/2008
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