SEM CULPA
Quero a vida sem culpa,
Sem os sentimentos em grade
E não ter minha alma oculta
Ou nada que me desagrade;
Quero não ter tanta razão
Para pedir tantas desculpas
E não dar ao rio, a vazão:
Fonte de lágrimas e culpas!
Quero esquecer quem fui eu
Quando a dor me dilacera
E tudo o que se perdeu
Nesta intocável quimera!
Saber que falho também...
E não é mal cometer algum erro
E saber superá-lo tão bem
Não se precipitando em desterro;
Quero uma chave de ouro
Para estas algemas que trago
E saber que em tempo vindouro
Meu erro não causará tanto estrago!
Goiânia-GO, 16 de novembro de 2008
SIRLEY VIEIRA ALVES