VENTO DA SAUDADE
(Hull de La Fuente)


O vento que aí soprou

Passou também na minha rua

E um recado aqui deixou

Que és belo como a lua.

Agora o mesmo vento
Acalmou meu coração
Num sopro, quase lamento,
Contou-me de sua paixão...

Peço ao vento da saudade
Pra ser um bom mensageiro
Que leve amor e amizade
A você, amor mineiro.

***

 Jacó Filho

Muito Bom dia Claraluna, 
Passou por aqui uma brisa, 
Era um vento sem camisa, 
Envolvido em sua bruma...

Soprava rumo as Gerais
Levando um recado teu, 
Mas o ciúme era o meu, 
Coisas assim sem iguais.

 
Hull de La Fuente

Quando o vento se desnuda
E a saudade é desmedida,
Pedimos ao céu ajuda
Para curar a ferida.

E o mesmo vento enganoso
Nunca faz o que pedimos
Só o ciúme danoso
fica no peito zunindo.


***

Maria Emilia Pereira

Que saudade, minha amiga
Desse amor tão verdadeiro!
Sobreviveu às intrigas
Como aquele bom Mineiro!

Amor que é felicidade
Que resiste a toda prova
Ao sair, deixa saudade
Mas logo ele se renova!

Hull de La Fuente

O meu mineiro foi embora
Deixou-me só na saudade
E lá onde vive agora
Tem outra felicidade.

Mas eu continuo orando
Pra que ele escreva um dia
Dizendo que está voltando
E que sou sua alegria...

***


Edyth Teles de Meneses

Com a saudade presente
Ao vento eu perguntei
Porque tu estás ausente
E a sua resposta,Eu não sei.

Mas voltei a perguntar
Pois a saudade apertou
Foi então te procurar
E por fim ele voltou.

Trazia-me um recado teu
Para ficar descansada
Que seu amor era meu 
E que ainda era amada.


Hull de La Fuente

O vento leva a resposta
Que ditou meu coração
Pra quem tanto ele gosta
Não ter preocupação.

Tu moras cá no meu peito
És uma hóspede querida,
Com teu versos me deleito
Minha doce e cara amiga.

***

Celina Figueiredo

 Não te assustes, minha amiga,
teu mineiro volta já
pois no peito traz a figa
que lhe dei com um patuá.


Hull de La Fuente

Meu mineiro está distante
Foi viver em Barcelona
Não o esqueço um instante
Mas ele esqueceu sua donna*.

(*) donna=mulher, em italiano.

***

Fernanda Araújo

Esquecer a Ulli Fuente?
Não cometerá esse horror!
O mineiro só fica contente
Se guarda no peito o seu amor.


Hull de La Fuente

Doce amiga preciosa
Que  o bom  vento te obedeça 
Que ele volte às Alterosas,
Que de mim nunca se esqueça
.

***

Airam Ribeiro

O vento que venta aqui
Anima quarqué purmão
Balança o pé de licuri
E refresca todo o sertão.

O vento qui venta aí
Troxe o teu xêro pra cá
Senti o xêro de ti
Mermo sem eu tá lá.


Hull de La Fuente

Licuri fruto distinto
que eu não conheço o sabor
Na verdade o que eu sinto
É a falta do meu amor.










 


  
Hull de La Fuente
Enviado por Hull de La Fuente em 12/12/2008
Reeditado em 13/12/2008
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