Amor que chora
 
Eu vi o amor chorando
Nos braços da solidão
Vi seu coração sangrando
Pela dor da ingratidão.
 
Aproximei-me  mansinho
Tentando lhe consolar
Mas nem mesmo o meu carinho
Foi capaz de amenizar.
 
O envolvi de silêncio,
Busquei seu pranto enxugar
Sorri ao dizer que entendo
Dessa dor, desse chorar,
 
Da amargura que fica
No lugar da ilusão
Que quase nem cicatriza
A dor da desilusão.
 
E enquanto o amor chorava
Nos braços da solidão
Em silêncio o embalava
Cantando-lhe uma canção.

Brasília, DF
Registrado na Biblioteca Nacional