QUANO A MILLA NUM TÁ PERTO...
(Hull de La Fuente)

Oxente! Ondi qui tu tá?
Num ti vejo faiz dois dia
Meu peito a mi preguntá,
Cadê a nossa aligria?
 
Mi arrespondi ligerinho
O qui é qui tá fazeno?
Ainda é o carinho,
Da tua coluna dueno?
 
Ó mana, vorta correno,
A vida é ruim sem ocê,
Tudo im vorta ismureceno
Di agunia pra ti vê.
 
Lá na sala de tua mana
Tem a big duma festa;
Mas farta ocê, "hermana",
Pra incantá cum a seresta.
 
Se ocê num vortá correno,
Inté o fim desse dia,
meu peito vai tá si incheno
De pura melancolia...


Para o texto: Pecado Original
(T1026808) de Milla Pereira



FIA, PEGUEI PINEUMUNIA!

Ô minina essis verso
Foi iscrito um tempo atráis
Mai delis nun discunverso
Purquê tão novo dimais!
 
Ocê podi imaginá
O qui mi acunteceu?
Fui essa gripe pegá
Qui quaiz mi ismureceu.
 
Onti mi sinti tão mar
Curri no prontu socôrru.
Fui um raio-xis tirá
I si num tiru, eu morru!
 
Num há di vê que peguei
A tár da peneumunia...
Pur isso qui a febri vêi
I tirô minha aligria!
 
Mai agora to tomâno
O tár de antibótis.
I eu já tô milhorânu
Aminhã eu já tô ótis!
 
Vim aqui ti pubricá
I vi seus belos versim.
Aí risórvi interá
Ritribuí seu carin!
(Milla Pereira)

 
 
JACÓ FILHO
Vem participar da brincadeira!


Quando portamos a luz, 
E sabemos a diferença, 
Carregamos nossa cruz, 
E não importa a doença...

Mesmo com a pneumonia, 
Teu verso não desbota...
Eles transmitem alegria, 
Para o poeta que gosta,

A Claraluna os merece, 
E pensa do mesmo jeito...
Sente a sua dor no peito,
E junto contigo padece...

Mas vamos orar agora, 
E verás o mais depressa, 
Que Deus dará a melhora, 
E nem precisa promessa...
(Jacó Filho)


A FRÔ ININGMÁTICA
vêi orá pra nóis:

Hehehe, poetisa num perdôa
nem pineumunia,
logo faiz uma poesia,
isto qui é inspiração
de arrebentá coração.
Mais Nosso Senhor
logo vai ti miorá
pois tamo na corrente
orando por ti, cum todo amor.
(A Flor Enigmática)