TROVAS CXXXV
Espalhadas pelo Recanto

A saudade é vida e dor;
acre-doce agonia
a lembrar-me o calor
do amor que tive um dia.
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Não lamentes, Labiata,
o perdão é a vingança,
fere o mal que cego mata
e devolve a contradança.
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Flor de cacto, entre os espinhos
se ostenta majestosa.
O luar lhe faz carinhos
que a deixam mais formosa
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Dizer "sempre" é mentir,
dizer "nunca"  é complicado.
Eu prefiro repetir:
ser "talvez" mais acertado.
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Brotaram em teu coração
as flores de pleno amor.
Cada qual é uma canção
exalando seu olor.
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PARTICIPAÇÕES
Quantas trovas inusitadas,
Caprichos desta poetisa,
Não podem ser interadas,
São delicadas e precisas.
   Miguel Jacó

Saudade, perdão e espinhos
nas tuas trovas estão;
junto às flores e carinhos
desse grande coração!
 Reneu do Amaral Berni

Entre espinhos caminhei, 
muitas vezes tropecei... 
Me aprumei apressada, 
uns arranhões não são nada.
 HLuna...

Espinhos, devem à flor a defesa
Assim como o carinho, deve mimos ào amor
Saudade e distância brigam com a tristeza
Pois o sim do seu amado é o seu jardim em flor.
Iza Sosnowski

Guarda o poeta saudade
Do que não houve afinal,
Paixão sem realidade,
Seu grande amor ideal.
Labiata Alba

Tua trova não é prosa,
tem essência, tem beleza
tu falas do amor que em ti habita
e também da natureza.
Bemtevi

Com teu olhar sabedor
Colhes versos que compões
Em trovas de mui primor
Que como rosas dispões.
 Tera Sá

Espinho induz aos cuidados,
Que a vida cobra da gente...
Tal seus versos, lindamente
Moldados, como inspirados...
  Jacó Filho

Belas trovas de Celina
E quanta beleza - quanta
É a mestra, essa menina
Que a todos nós, encanta!
  Milla Pereira

Se eu pudesse, oh minha mestra!
Ler seu lindo coração
Ficaria eu em festa
Tendo paz e gratidão
Valério Márcio