Limpeza...

Já na alvorada em toda casa

Na chácara ar puro, janela aberta

A limpeza determinada.

O alvoroço de alerta.

O rodo puxa, puxa,

No escorrimento do assoalho,

Não desprezando coisa alguma

Na exaustão do seu trabalho.

Vai e vem dos panos cuidadosos

Sempre juntos dos aspiradores

E renova o ambiente

Dos quadros interiores.

A água caridosa

Que se funde com o sabão,

Leva o lixo, e excrementos,

Enche baldes, lava o chão.

Os livros desempoeirados

Vê-se freqüência nas fileiras,

Convidando ao pensamento

Do cimo das prateleiras

Os móveis descansam calmos,

De novo brilham o verniz.

Toda casa fica leve,

Mais confortada e feliz.

A limpeza é efetuada

É novo impulso a energia,

Multiplicando as estradas

De esforço e sabedoria.

A limpeza, qual se chama,

Na linguagem da caserna,

Tem seu símbolo profundo

Nos campos da vida eterna.

Muita gente sofre e chora,

Na dor e na inquietação,

Por nunca fazer limpeza

Nas salas do coração...

Dalmo Arraes
Enviado por Dalmo Arraes em 03/05/2010
Reeditado em 15/01/2015
Código do texto: T2234821
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