O MAR COMO JAZIGO


O caçador foi embora
Em busca de realidades
E numa nuvem que chora
Perdeu-se na tempestade.

Flutua meu doce amigo
Nas ondas da liberdade
Tendo o mar como jazigo
E em nosso peito a saudade.

Se viver não foi preciso
Navegar também se fez
Pra quem te ama, castigo
Não ti ver mais uma vez.

Foi o mar o teu transporte
Em noite de tempestade
Que trouxe pra ti a morte
Nas asas da liberdade.

E tu, caçador de nuvens
Em noite de tempestade
Longe do mundo dos homens
Encontraste a eternidade.


___________________________________
Minha homenage a uma ser querido que
numa tarde tempestuosa perdeu-se numa daquelas
nuvens que não o devolveu mais e foi exatamente
num dia em que se comemora o dia da crinaça que ele
de certa forma nunca deixou de ser, será que alguém
é capaz de adivinhar? Que Deus o tenha.



Brasília, 13/06/2010