I
Amor é como gorgulho
Fincado no coração
Enlouquece, dá engulho
E não tem remédio não
II
Quando não pertuba o sono,
Na cabeça dá tonteira
É cão que larga seu dono,
É padre que faz besteira
III
Amor arrepia a pele,
Ora é frio, ora é calor,
Muita gente sofre dele
Fingindo não dar valor
IV
Que cultive muito amor
Quem quiser na vida sorte.
Só ele é quem vence a dor
E sobrevive da morte
V
Foi-se o amor, restou o tema
Da minha eterna canção,
Azul espelho do emblema
Das penas do coração
VI
Se nunca tiveste amor,
Não lamentes por não ter.
Muito pior é a dor
De possuir e perder
VII
O nó do amor, acredite
Não é fácil desatar.
Amor é como arrebite
Só desprega se entortar
VIII
Fiz amor com mil mulheres
De muitos dengues e raças
Se morrer de amor não queres,
Cuidado com quem te abraças
IX
Ninguém tapeia o destino
Nem seu coração engana,
O amor é um cassino,
Entrou lá, perdeu a grana







Olival Honor
Enviado por Olival Honor em 09/09/2006
Reeditado em 10/09/2006
Código do texto: T236563