TEM TODO ANO
Tradições que seduz,
Balões e alegria,
Ficamos sem luz,
Fogo queima energia.
Fumantes descuidados,
Ter atenção que devia,
Sempre os aloprados,
E guimbas na rodovia.
Tem iluminado balão,
Com foguetes e muita festa,
Saí aí da nossa mão,
O incêndio da floresta.
Fogo à mata esquenta,
E vira grande sauna,
Paca e tatu não aguenta,
O arraso fica na fauna.
Na seca Pátria queimada,
Nas chuvas Brasil enchentes,
A população desesperada,
Sofrendo-se os mais carentes.
O meu Uni-verso,
Na trova da terra,
Não queime eu peço,
O nosso verde da serra.
Todo ano tem muito,
Águas matando gente,
Na imprensa muito assunto,
Das mortes na enchente.
Todo ano tem queimadas,
E também muita enchente,
Deslizamentos nas estradas,
E flagelo de muita gente.
Tem à tradição da pipa,
Com cores verde e amarela,
Mas tudo como fica?
Com linha cortando goela.
 
O carnaval para pular,
Na polícia muita ação,
Mortes para chorar,
E neguinhos na prisão.
Lair Estanislau Alves. Setembro de 2011