Angústia
Sou um ser que não sei,
De onde vim também não,
Até ser digno tentei,
Me chamam de cidadão.
Chamam-me de rimador,
Pela minha simplória poesia,
Mesmo com a minha dor,
Quero passar alegria.
Sou o palhaço da praça,
Parodiando minha tragédia,
Brincando com minha desgraça,
Da vida fazendo comédia,
Tenho vencido às tragédias,
Tenho alguma esperança,
Da vida fazendo comédias,
Fingindo-me ser criança.
Bebi no cálice da dor,
Embriago- me no destilo da ilusão,
No palco da vida sou ator,
No enredo desta nação.
Fiz do terror o terrir,
Na escuridão busquei o sol,
Na encenação de existir,
Represento o besteirol.
Meus pensamentos vão velejando,
Num mar de muitas incertezas,
Mas às ondas vão afugentando,
Às marés de minhas tristezas.
Mesmo com tanta dor,
Da vida nunca desisto,
Busco com fé o amor,
O amor Fraterno de Cristo.
Lair Estanislau Alves. 23-09-2011.