Uma brisa em meu destino

Que do trágico abandono

no tédio das longas horas

me de sua toga de adorno

brisa em destino de auroras.

Venha e me acalme os clamores

de catástrofes dantescas

com sua fragrância de flores

de colmeias mui gigantescas.

Ronda estas casas absortas

oh brisa dos doces nardos

insuflando suas retortas

a ressurgir tantos bardos.

Do lânguido passo vago

saltimbancos entre brumas

não se esquive o raro afago

de seu casto hino de espumas.

Soltando todas las ânsias,

brisa amiga, me dissolva

nas mais longínquas distâncias

onde o fascínio me envolva.

Inês Marucci
Enviado por Inês Marucci em 22/10/2011
Código do texto: T3292623