TROVAS

I

Acho que vou seguir sempre assim:

só, perdida em meus pensamentos.

Mas não pensem que acho ruim

espalhar versos ao vento.

II

Flor singela, flor sublime,

quanta beleza em ti vive,

quanta grandeza tu exprimes.

III

É breve a vida da flor

e a flor da vida também.

Por isso, o que importa mesmo,

É o quanto se faz de bem.

IV

Acho às vezes que estou louca.

Pois as vezes que em ti penso

confesso que não são poucas.

V

É melhor eu sofrer em silêncio

e em silêncio ter só mágoa e dor

do que ter-te comigo a meu lado

e não ter só pra mim teu amor.

VI

Os versos que espalho são flores

que espalho aqui e acolá.

Eles falam dos meus dissabores,

perguntando: O amor, onde está?

VII

Se soubesses o quanto te gosto,

zombarias de mim, isso é certo.

É por isso que não te demonstro

e te evito, quando estás por perto.

VIII

Se eu pudesse voltar ao tempo,

se pudesse retroceder,

se as palavras não fossem como o vento,

gostaria de poder dizer:

"Te amo muito. Não me faças sofrer!"

IX

Eu queria que todos soubessem

que te amo mais que a tudo nesse mundo.

Talvez assim, as pessoas compreendessem

que nosso amor é lindo e fecundo.

X

Você faz parte de mim.

Que saudades de você!

Tomara que voltes logo,

estou louca pra te ver.

XI

O que escondes nesse olhar?

Não consigo me afastar!

Por mais que eu tente

e fique ausente,

sempre acabo por lembrar.

XII

Eu não sei o que se passa

quando me olhas assim...

Teu olhar tem tanta graça,

atrai tua atenção pra mim.

XIII

Penso em ti. E por que não?

Se é por ti que bate meu coração,

Se é por ti que o sangue corre em minhas veias,

muito embora em mim tu já não creias.

XIV

O tempo passa, a gente cresce,

mas nunca esquece quem nos quer bem.

O mundo muda, a gente muda,

mas nunca muda o amor que tem.

XV

Jamais poderei esquecer

o teu jeito especial de ser.

Embora sinta que, mesmo junto a mim,

estás, às vezes, tão distante assim.

XVI

O que mais quero neste mundo

é ter-te feliz, assim risonho.

Ver em teu rosto a alegria e a paz

é a imagem com que eu mais sonho.

XVII

Olá!

Não sei nem por que

senti vontade de te escrever.

Talvez, mesmo sem perceber,

estou gostando de te querer.

É uma coisa grande, envolvente, ardente...

Dessas que mexem fundo o coração da gente.

Não posso explicar como aconteceu,

Só sei que, apesar de tudo, valeu.

Áurea Gomes
Enviado por Áurea Gomes em 24/10/2011
Código do texto: T3295034